Acaboooouuuuu!!!

O meu primeiro trimestre da faculdade terminou e eu só tenho uma palavra para descrever o que sinto: alívio. Na verdade são duas: alívio e orgulho.
Alívio porque eu posso acordar e ficar vendo TV o dia inteiro, ou sair pra bater perna sem me preocupar com lição de casa para fazer e leitura para alguma prova. Ainda estou aguardando as notas das provas finais sairem, mas estou tranquila de que passei com nota bota, o que me deixou muito feliz e a minha família muito orgulhosa. Acho que não teria sobrevivido se não fosse a paciência e carinho do meu marido, ele me ajudou demais nos momentos em que estava surtando!
As duas primeiras semanas foram sem dúvidas as mais assustadoras. Eu, no meio daquela multidão de rostos jovens, era apenas mais uma perdida. A lista de provas e trabalho me deixou apavorada, porque não consigo fazer as coisas de qualquer jeito, e me dediquei demais. Até demais no começo e foi preciso parar, respirar e pedir sabedoria à Deus para encontrar o equilíbrio, porque eu me tornei estudante, mas não deixei de ser filha, esposa e amiga.
No final deu tudo certo, como sempre. Agora é curtir as 3 semanas de férias para pegar fôlego e começar o novo trimestre no comecinho de janeiro.
Para as pessoas que pensam que estudar nos EUA é um sonho impossível, não é. Basta determinação, foco e dedicação, como tudo na vida.

Sério que Jesus não tinha um berço!??

Acho que todo mundo tem mais ou menos uma idéia do motivo pelo qual comemoramos o Natal, certo?
Se você é cristão conhece de cor e salteado a história, senão é deixa eu fazer um breve resumo pra você:
José e Maria precisavam ir para Belém por conta de um censo obrigatório. Maria estava grávida e quando eles foram procurar um lugar para ficar, todas as pousadas, hotéis 5 estrelas, albergues, pensões, tudo estava lotado (por conta do censo muita gente foi pra Belém) e aí eles não tinham onde ficar. Detalhe: Maria já estava com dores de parto. Bem, sem alternativa eles encontraram um estatábulo onde Maria teve um filho, Jesus, e ele foi colocado numa mangedoura coberto de palha. Para quem não sabe, a mangedoura é onde se colocava comida para os animais comer. Aí a Estrela de Belém guiou os 3 magos, que eram pastores que estavam trabalhando pastoreando suas ovelhas, para visitar Jesus.
Até aí tudo bem, certo?
Bom, meu marido foi criado na Igreja da Escócia, que é como se fosse uma igreja Presbiteriana. Ele mesmo me disse que ia para a Escola Bíblica Dominical, mas nunca entendeu direito as histórias que a professora falava.
Recebemos um vídeo da nossa sobrinha cantando uma música tradicional escocesa "Away in a Manger", a coisa mais fofa do mundo! A  minha cunhada disse que ela seria uma ovelhinha na apresentação do Nascimento de Jesus.
Aí seguiu-se o diálogo abaixo, onde P é Paulistana e MG é marido gringo:

MG - Que legal que a nossa sobrinha será uma ovelhinha na peça de Natal. Mas tinha ovelha no nascimento de Cristo?
P - Hmmm, devia ter, afinal Jesus nasceu num estábulo. No Brasil já vi vaquinhas, burrinhos. Como a peça é na Escócia e os reis magos eram pastores, acho que eles preferem colocar uma ovelhinha.
MG - Os reis magos eram pastores???
P - Sim, você não sabia? Eles estavam pastoreando as ovelhas quando a Estrela guiou-os até o estábulo onde Jesus estava. Por isto acredito que deve ter ovelhinhas por lá.
MG - E Jesus estava no berço com Maria e José, certo?
P - Não querido, não tinha berço. Ele estava numa mangedoura coberta de palhas.
MG - Mas mangedoura é um berço, né?
P - Não querido, mangedoura é o lugar onde se coloca a ração para os animais comerem. Por isto estava coberto de palhas.
MG - Peraí? Ninguém emprestou um berço pra Jesus? Eu juro que ele tinha nascido num berço, que alguém tinha emprestado um berço pra Jesus!
P - Não meu amor, não tinha berço, por isto que colocaram ele numa mangedoura.
MG - Ah, você não pode estar falando sério! Eu sempre achei que ele tinha nascido e sido colocado num berço. Você tem certeza que não era um berço? Pergunta pro Google o que é "manger"(mangedoura em inglês).
Paulistana acessa o google e digita "what is a manger?". A resposta vem rapidinho "A box to put food for cows and horses."
P - Tá aqui ó. Uma caixa pra colocar ração pra cavalos e vacas.
MG surpreso e desacreditado suspira : - Eu jurava que ele tinha nascido num berço... coitado do bebê Jesus...

É por uma destas que já decidi que a partir deste ano, vamos incorporar uma tradição natalina à nossa família. Ler sobre o nascimento de Jesus.

Be nice to yourself - Seja gentil consigo mesma

Este foi um dos melhores e maiores conselhos que alguém já me deu durante toda a minha vida: Be nice to yourself. (Seja gentil consigo mesma). Mas o que isto significa?
Quantas e quantas sofremos pela pressão que colocamos sobre nós mesmas? Porque eu deveria ser mais isto, mais aquilo, ou menos isto, menos aquilo...
Quantas vezes nos enchemos de culpa porque não atingimos aquela meta ou achamos que não nos esforçamos o suficiente, não nos dedicamos o suficientes, não somos tão boas como fulana ou siclana...
Ahhhh, as benditas comparações! Quando é que vamos aprender que somos seres únicos e que possuímos características únicas que não devem ser comparadas com outras pessoas. Somos especiais do jeito que somos, com nossos defeitos, qualidades e limitações.
Não seja o seu pior carrasco e opressor. Seja o seu maior incentivador! Acredite em você e na sua capacidade. Seja amável consigo mesma, perdoe-se.
E não se esqueça de aplicar este princípio na vida de outras pessoas. Dê este conselho para o seu colega de trabalho, para um amigo, para um familiar. O mundo precisa de gentileza, de um sorriso.
Você pode mudar o mundo ao seu redor com apenas palavras e gestos gentis. Sorria para um desconhecido, tenho certeza de que este pequeno gesto pode fazer uma enorme diferença na vida de outra pessoa e até mesmo da sua.
Fez hoje na minha.

Is it the most wonderful time of the year?

Desde o final de novembro já escutava músicas natalinas nas rádios, mas agora que dezembro chegou todas as rádios estão tocando as benditas músicas, algumas 24h sem parar.
Mas ainda não estou no clima de Natal, isto porque sou uma estudante e as próximas duas semanas será dedicada exclusivamente ao estudo das provas finais e também a entrega dos últimos trabalhos.
Bem que me avisaram a não estudar numa faculdade trimestral, porque apesar de aparentemente ser mais barato, o ritmo é frenético!
E por causa disto, claro que os cartões de Natal serão enviados com atraso e espero que cheguem antes do dia 25!
Depois de passar por este turbilhão serão 3 semanas de férias até começar o outro trimestre, aí sim eu poderei respirar e entrar no clima de Natal!
Preciso escrever sobre a faculdade depois, pois li alguns blogs de pessoas que estudam em outras partes do país e vi muitas diferenças com o que eu encontro por aqui.
Bom, é hora de partir. Volto com boas novidades e notas, espero!

Um pouco Pollyanna...

Quem aqui já leu o livro da Pollyanna levanta a mão??
Lembro de que quando era adolescente li o livro Pollyanna menina e depois o Pollyanna moça. Pra quem não conhece são dois livros que contam a história de uma menina órfã que vai morar com a tia e não é bem tratada pela mesma. Mas ela tem um jogo, que é o "jogo do contente" onde ela encontra mesmo durante os piores episódios da vida dela, um motivo para ficar contente.
Lembro-me de várias vezes ter morrido de raiva dela porque ela estava na pior situação do mundo e ficava irritantemente (e de verdade) contente.
O que acaba acontecendo é que ela transforma as pessoas ao redor dela com o otimismo e a vida dela toma um rumo completamente diferente.
Thanksgiving passou alguns dias atrás e eu tive como esperado, um momento de muito amor, alegria e tranquilidade em casa com o meu marido. Sim, poderia estar triste porque estou longe de todas as outras pessoas que eu amo, mas o meu coração ficou cheio de alegria.
Mas não é sobre Thanksgiving que eu quero falar neste post...
É muito fácil ficarmos contente quando as coisas estão indo bem em nossas vidas, quando planos estão sendo realizados, as pessoas que amamos estão ao nosso lado, etc. Mas e quando as coisas começam a dar errado, qual é a nossa primeira atitude? Não é fácil enxergar o lado bom das coisas, acho que assim como a Pollyanna precisamos ficar treinando o nosso cérebro para "ficarmos contentes". Não sou do tipo de pessoa que pensa sempre que tem alguém numa situação pior do que eu e por isto devo estar contente. Pra mim não existe lógica neste tipo de felicidade. Você precisa estar feliz por estar feliz e ponto final!
Bom, depois de um final de semana prolongado no cinzento estado de Washington chegou a hora de voltar para a casa.
Hoje acordei cedo, estudei mais uma vez para uma prova que teria as 8:30 da manhã e resolvi sair de casa um pouco mais cedo, já que estava uma neblina muito forte e eu não queria correr o risco de chegar atrasada na escola.
Pois bem, como nas milhares de vezes deixei as coisas no meu carro, entrei, coloquei o cinto, abri a porta da garagem, liguei o carro e saí. Como faço todos os dias da semana, mais do que uma vez por dia, diga-se de passagem, quando escuto um barulho "CREEEEEEEEEEC". Olho para o retrovisor direito e vejo a porta traseira no batente da garagem. Nesta hora foi automático um alto "%#&$@".
Dei ré, ajustei o carro e saí para ver o estrago. Não acreditava nos meus olhos, QUE ÓDIOOOOOO!!
Pensei em acordar o marido, mas ele não poderia fazer nada, então segui o meu caminho indignada para a faculdade. Fiquei com raiva de mim, quanta burrice! Num segundo o carro que eu cuido tanto para manter estava com um baita arranhão. Na minha cabeça só imaginava o que iria falar para o meu marido, apesar dele ser a pessoa mais dócil do mundo, eu não tinha a menor idéia de como ele iria reagir.
Cheguei na faculdade e mandei uma mensagem pra ele no celular dizendo o que tinha acontecido. Ele respondeu em apenas alguns segundos dizendo que não era pra eu me preocupar, apenas para me concentrar na prova que iria fazer, que o carro a gente dava um jeito.
comecei a chorar ali mesmo no carro, de raiva de mim, por causa do arranhão, mas também pela bondade e sabedoria do meu marido, que fez com que eu ficasse tranquila no mesmo momento. Fiquei muito agradecida por ele ser tão compreensivo e amoroso comigo. E fiquei agradecida também porque eu ralei o carro na porta da minha garagem, não sofri nenhum tipo de acidente ou coisa do tipo.
No decorrer do dia muitas outras coisas aconteceram... a prova para qual estudei o feriado inteiro foi adiada para quinta-feira, terei outra prova amanhã, irei trabalhar mais horas do que planejava esta semana, o caixa demorou para passar as compras... mas querem saber? Em todos estes aborrecimentos eu vi motivos sinceros para ser agradecida a Deus. Por ter um carro, por ter inteligência para estar na faculdade, por ter dinheiro para fazer compras e um trabalho para ir.
Sei que os motivos para eu ser grata não apareceu do nada na minha cabeça, pois Deus nos ensina a ter um coração agradecido.
Se eu disser que a minha raiva passou por ter arranhado o carro de bobeira, não passou, toda vez que eu olho pro arranhão eu choro, mas não me consumiu, não me deixou amargurada.
E pra quem ficou curioso pra saber o tamanho do estrago, está aí...
Meu baby e seu dodói

Faça todos os dias ser Thanksgiving's Day

Dia de Ações de Graças. É assim que conhecemos o Thanksgiving no Brasil.
Iniciou no começo da colonização das Américas, onde os britânicos passaram por maus bocados pelas bandas de cá e se não fosse a ajuda dos nativos, teriam todos morrido. Como eles sobreviveram o inverno, plantaram e conseguiram colheita, isto foi motivo de celebração com muita comida e o famoso peru, que tinha aos montes por aqui.
A idéia de Thanksgiving é reunir a família, os amigos e dar graças a Deus. Agradecer por todas as bençãos recebidas até ali. Bem, esta pelo menos é a teoria.
Na prática é um feriado onde os americanos vão visitar o que nós consideramos família, mas para eles é apenas "extended family". Tios, avós, primos, os avós... todos se reunem para comer o famoso peru e o mundaréu de comida que poderia alimentar um pequeno exército.  Geralmente o anfitrião é responsável pelo peru e os convidados trazem pratos ou bebidas. A mulherada se reune na cozinha para organizar a refeição e os homens se reunem na sala para assistir televisão, pois é dia de futebol americano.
Antes da refeição são dadas graças, pelo anfitrião ou cada um diz um motivo para ser agradecido e a refeição que poderia te manter vivo por 1 semana começa.
Após a refeição, os homens voltam para a televisão e a mulherada começa a dividir a sobra entre elas, para levar para casa e organizar a bagunça da refeição.

Infelizmente o verdadeiro sentido de Thanksgiving acaba se deixando de lado, me dá um aperto enorme no coração quando vejo filhos ou netos reclamando da "obrigação"de ir para um jantar com a família. Pelos lados de cá é muito comum reunir a família apenas em duas ocasões, Thanksgiving and Natal.

Pra mim, Thanksgiving deveria ser todos os dias, no sentido de que todos os dias nós deveríamos agradecer pelas infinitas bençãos que recebemos e que às vezes nem notamos. A maior delas, sem dúvida nenhuma é a sáude, que muitas vezes neglegenciamos ou então só damos valor quando estamos doentes. A lista é infinita.... família, amigos, emprego, casa, amor, propriedades, etc, etc, etc, etc...

Todos os dias, mesmo naqueles dias que tudo dá errado, eu tento lembrar de alguma coisa boa para agradecer a Deus. Estas últimas semanas tem sido extremamente difíceis pra mim, mas mesmo assim eu tento encontrar motivos para agradecer mesmo as dificuldades, porque elas são resulados de bençoes nas minha vida.

Neste Thanksgiving, eu e o meu marido iremos passar em casa, assando o nosso peito de peru e curtindo a companhia um do outro. Não quero pensar nas coisas que ainda não possuo, ou que me deixam tristes, mas quero agradecer em primeiro lugar pela saúde que Deus me concede, pela força que Ele me dá para enfrentar as dificuldades que a vida me tras como solidão, desânimo. Irei também agradecer pela imensa oportunidade que é estudar em uma faculade americana, (apesar do mundaréu de homework) estou construindo novamente a minha auto-estima de escrever, estudar e me comunicar na minha segunda língua, um idioma que eu sempre sonhei em me tornar fluente. Agradeço a Deus por morar exatamente no lugar onde moro, porque a casa foi presente Dele, num dos lugares mais bonitos do mundo, que mesmo com temperatura quase perto de zero, tem dias lindos de muito Sol. Agradeço infinitamente pela vida do meu marido, uma pessoa maravilhosa que tenho certeza de que Deus separou para mim, que me ama, me entende, me atura, me dá força, que me faz sorrir, que me consola, meu melhor amigo e companheiro, com quem quero dividir todos os dias da minha vida.
Agradeço acima de tudo pela imensa misericórdia de Deus e seu grande amor e pelo sacrifício de Jesus na cruz, pois através Dele eu tenho a certeza e esperança de vida eterna infinitamente melhor.

A lista poderia continuar até o infinito... o que gostaria de deixar para cada pessoa que ler este post é apenas o conselho de achar, pelo menos 1 coisa durante o dia para ser agradecido. Nos momentos de tristeza e dificuldades, ter uma benção em mente ajuda, dá esperança e sempre trás um sorriso ao rosto, que pode fazer uma outra pessoa sentir o desejo de dizer: thanks.

Happy Thanksgiving everyone!!

Festa de aniversário de crianças por aqui

Quem é que não gosta de participar de festa de aniversário levanta a mão! E festa de criança então? Refrigerante, salgadinhos, bolo, bexigas, muita música, risada... bem este é o tipo de festa de criança no Brasil, por aqui as coisas são beeeeem diferentes.
Em primeiro lugar, eles sempre fazem a festa no final de semana mais próximo da data de aniversário, mesmo que seja antes da data em si. Eu fiquei horrorizada com isto. Supertições a parte, pra mim não faz a menor lógica de comemorar o aniversário que não aconteceu ainda, mas isto é a praticidade dos americanos.
Outra coisa interessante é que a festa tem horário para começar e terminar. Geralmente dura umas 2, 3 horas no máximo! No convite da festa diz o local, o horário que começa e termina a festa. E o povo chega no horário e assim que cortam o bolo, um a um vai embora e quando deu o horário do fim da festa, a festa literalmente acabou.
Na maioria das vezes a festa não é feita em casa, como costumamos fazer no Brasil. Se o tempo e a estação do ano permitem, as festas são feitas num parque próximo da casa do aniversariante, ou num playground, ou em lugares para recreação. Esta parte eu gosto porque quando você chega em casa, não tem bagunça. =)
E os presentes são empilhados numa mesa, que devem ser devidamente identificados com o nome de quem deu o presente, porque eles só serão abertos em casa. Os pais geralmente anotam o que cada um deu de presente e escrevem um "thank you card", ou seja, um cartão de agradecimento pela participação da festa e pelo presente.
Até aqui tudo bem, costumes um pouco diferentes dos nossos, mas alguns acho super educados como o cartão de agradecimento.
Mas existem algumas situações no mínimo curiosas a respeito das festas de aniversários infantis. Em primeiro lugar, a festa é feita para as crianças. Sim, se há adultos na festa é porque eles são pais de uma das crianças convidadas. E não ache que o convite é extendido a toda família. Funciona mais ou menos assim: Joãozinho vai completar 4 anos. Ele convida os amigos (sim ele escolhe quem vai ser convidado) da escola, do parque etc e os convites são enviados. Se um dos amiguinhos do Joãozinho, a Mariazinha tem por exemplo, 2 irmãozinhos, no Brasil eles seriam automaticamente convidados né? Mas isto não funciona aqui. Já aconteceu um caso de eu ficar cuidando do irmãozinho menor, pro maior ir com a mãe para o aniversário de um amiguinho. É de extrema falta de educação ir ou trazer convidados a mais, porque nas festas de aniversários comida, bebida, brincadeiras e lembrancinhas são contadas para o número X de convidados.
Ah, e os pais só participam da festa se a criança for pequena e precisar de surpevisão. Quando a criança tem mais ou menos uns 9 anos de idade (não tem uma regra pra idade, acho que quando já são maiorzinhos) os pais levam a criança para a festa deixam lá e volta no horário do término da festa para buscar o filho.
A questão de comida e bebida é bem diferente do Brasil. Aqui na Califórnia especialmente que o pessoal tem uma obsessão por ser saudável, comida de festa de criança lembra de longe as festas do Brasil. Geralmente são coisas simples como pedaços de queijos e frutas e os famosos vegetais crus (cenoura, brócoli e salpicão) pra ser mergulhado num creme (coisa saudável tá, como hummus). Ou então como no caso da última festa de aniversário que fui, macarrão com ervilha para as crianças e chilli para os adultos. Pra beber tinha água e suco de maçã, nada de refrigerante! Os únicos doces disponíveis era o bolo que geralmente é feito em casa ou então mini cupcakes. O de chocolate geralmente é abolido porque além de conter cafeina, dá muita energia para as crianças.
Se você foge das regrinhas de ser saudável, provavelmente as outras mães vão fazer cara feia pra você e será provavelmente a última festa em que os filhos delas irão atender na sua casa. E é importante também ser atenta ao fato das alergias das crianças convidadas, então geralmente tudo o que tiver amendoim e nozes serão abolidos.
E o parabéns pra você gente? Não tem palmas, gritaria... é cantado quase sussurado e só no final que há algumas palmas.
Como disse anteriormente, após comer o bolo as pessoas começam a se retirar e o dono da festa e as pessoas de boa vontade começam a ajudar na limpeza e geralmente saquinhos surpresas são distribuidos para as crianças, e claro, é de muito bom tom não dar nenhum tipo de doces dentro destes saquinhos.
Quando me lembro das festas de aniversário cheio de gente e alegria no Brasil, dá quase a sensação de que não se está numa festa. Claro que deve ser levado em consideração a cultura dos pais e também o seu estilo de "parenting", porque tem festas sim recheadas com coisas gostosas. Mas como falei, aqui na Califórnia eles são obcecados com a saúde e é quase uma ofensa você oferecer coisas com açúcar para crianças.
Acho que no final, o que importa é que as crianças (do jeito delas) se divertem, e não é este o propósito da festa?
Algumas coisas tenho certeza de que acabarei incorporando nas festas de aniversários dos futuros filhos, por estar convivendo com americanos na América, né gente? Mas outras coisas acho que nunca acontecerá como a comemoração do aniversário antes da data.
E você, qual curiosidade ou experiência já passou com festa de aniversários para crianças aqui na América. E quem está aí no Brasil, como estão sendo comemorados aniversários por aí hoje em dia, porque faz décadas (no sentido literal) que participei de uma festa de criança por aí.

Esqueceram de mim?

Quem é que não assistiu o filme do adorável garotinho que foi esquecido pela família na viagem de Natal? Eu até hoje gosto de assistir, principalmente quando ele fica perdido em New York, cenário perfeito para o Natal.
Mas estou falando de um outro assunto aqui... quem já teve a sensação de que está sendo "esquecida" pelas pessoas pelo simples fato de morar distante?
Há uns posts atrás eu comentei sobre a difícil arte de fazer novos amigos nesta terra. Recebi um conforto enorme com os comentários de vocês, pois tive a afirmação de que não é um problema enfrentado apenas por mim.
O que estou falando neste post é o distanciamento que acontece entre as pessoas que você conhece e tem amizade e que ficaram no Brasil.
Lembro-me que assim que me mudei para os Estados Unidos, recebia em média 40 emails POR DIA, dos meus amigos e colegas querendo saber como andavam as coisas por aqui. Durante o primeiro ano que morei aqui criei uma lista de email com umas 70 pessoas (amigos e conhecidos, claro) e mandava semanalmente notícias da Terra do Tio Sam, o que eu chamava de Diário de Bordo. O pessoal sempre respondia e comentava o email. Isto me dava a sensação de que apesar de estar sozinha aqui nesta terra havia um grupo de pessoas lá, queridas que estavam neste barco comigo, me dando força nos momentos difícieis e também dividindo momentos de alegria.
Bom, com o tempo nem preciso dizer que a lista de 70 pessoas caiu para 12. E que destas 12 apenas umas 3 ainda lêem os meus emails. Antes quanto maior, melhor. Agora algumas pessoas, inclusive pessoas da família, disseram que os emails são muito grandes e eles tem preguiça ou não tem tempo para ler.
O que é que aconteceu??
Durante o tempo em que estive aqui sempre mandei cartões de aniversário, Natal, cartões postais, fiz ligações telefônicas via skype para diminuir a distancia entre eu e as pessoas queridas. Só que eu percebi que todo o esforço que estava fazendo não estava sendo correspondido. Não me entendam mal, eu não esperava em troca o que fazia, mas gostaria pelo menos de que as pessoas me mandasse pelo menos um emailzinho para tentar manter o contato...
Fiquei super decepcionada quando muitas amizades começaram a esfriar, esfriar até praticamente terminar. Uma das minhas melhores amigas que inclusive veio me visitar 2 vezes aqui na Califórnia simplesmente não entra em contato, nem responde email. Afinal, a vida está muito corrida...
Gente, a vida anda corrida para todo mundo, mas sentia que eu era a única desocupada do mundo que tinha tempo de ficar mandando email, ligando, escrevendo...
Sabem o que aconteceu quando eu simplesmente parei de correr atrás. Ninguém sentiu falta. Digo não sentiram falta porque muitos não me mandaram email nem perguntando se estou viva...
Claro que no meio desta multidão de amigos e conhecidos ficaram 2 amigos maravilhosos, que estão sempre me acompanhando, mantendo contado, escrevendo e ligando pra mim (e olha que eu tenho um número online com DDD de São  Paulo pelo skype, então o preço de ligação é local). Mas eu sinto que muitas amizades não passaram a prova do tempo e distância.
Até mesmo as amizades que fiz aqui nos EUA, quando retornaram para o Brasil entraram também neste distanciamento...
Sei que na nossa vida existem ciclos e que com eles muitas pessoas entram e se vão, mas sou uma pessoa que dou extremo valor para amizade. Eu tento carregar comigo as pessoas que eu amo, o máximo que consigo, por isto me dói perceber que não há interesse da outra parte em manter amizade e let it go.
Sei que quando ir ao Brasil, todos os meus ex-amigos que agoram se tornaram apenas conhecidos, entrarão em contato com suas listas de pedidos e irão querer me encontrar para "saber das novidades", mas me pergunto seu eu deveria gastar o meu tempo com estas pessoas.
E por ser este coração de manteiga que valoriza tanto sentimentos como amor, companheirismo, amizade, fidelidade, eu sempre choro quando por um motivo ou outro a playlist do meu ipod toca esta música...

Voce comemora o Halloween?

Hoje quando cheguei na faculdade ja esperava encontrar algumas figuras fantasiadas. Isto porque eram apenas 7:30 da manha.
Dito e feito, uma menina na minha classe estava fantasiada de mulher das cavernas. De jaqueta, eh claro, ja que estava fazendo apenas 11 graus naquela hora.
Durante a manha vi passeando pelo campus da faculdade uma banana, um gato, uma pirata, um personagem de anime, um superman e uma Alice no pais das maravilhas. Afinal, em tempos dificeis personagens e monstros precisam investir num futuro profissional nos outros 364 dias do ano.
A verdade eh que eu nao gosto do Halloween. Nunca gostei. Acho bonitinho as criancas batendo nas portas pedindo doces, e ja tive a oportunidade de levar as criancas que eu cuidava para fazer o famoso trick-or-treat, mas nao tenho a menor vontade de participar de comemoracoes e tradicoes desta data.
Pode me chamar de careta ou exagerada, mas porque eh que eu tenho que participar de uma festa de origem paga, representando uma noite em que monstros, demonios e bruxas estao soltos por ai?
A unica vez que participei de uma festa de Halloween foi na escola em que trabalhava, porque bem, eu trabalhava la e a minha chefe esperava a minha colaboracao na organizacao da festa e se eu aparecesse sem fantasia, ela me matava. Mas nem fiz nada muito elaborado, fui de pijama, robe, fiz uns olhos fundos com maquiagem, segurando uma caneca de cafe e fui fantasiada de insonia. Eh, ninguem entendeu a minha fantasia, mas eu jamais compraria, nem por 10 dolares as fantasias que se vendem por ai... eh sexy isto, sexy aquilo ( pra nao utilizar a outra palavra em ingles com s....). Nada do que vendem nas lojas tem pano suficiente pra cobrir a brasileirade que Deus me deu ;-).
Entao este ano eu e o meu marido decidimos desligar a luz de casa e nada de distribuicao de doces para criancas. E aqui esta a minha explicacao: sim, eu acho que crianca pode comer doce de vez em quando, mas a maioria das criancas que eu conheco nesta regiao nao sabe nem te dizer o que eh uma barra de chocolate ou uma bala. Da do, mas a maioria dos pais com a grande preocupacao de ser saudavel, nao permite que as criancas comam guloseimas. E ai voce me pergunta o que acontece com os doces que eles arrecadam no Halloween?
Bom, eu ja vi 2 coisas acontecerem: eles escolhem 1 ou 2 doces no maximo e o resto vai para o lixo (sim para o LIXO) ou entao sao doados para criancas carentes. Entao eu nao comprei doces para distribuir, mesmo porque o que sobrasse eu e o meu marido acabaria comendo, ja que somos duas formigas! Comprei um pacote de doces e doeei para a igreja onde congrego, pois eles terao uma festa para a comunidade hoje, com distribuicao de doces, brincadeiras, pregacao do evangelho e claro... fantasia... Pra quem nasceu e cresceu aqui, acho que eh meio dificil ir contra a tradicao do Halloween, entao eles encontraram uma alternativa para as festas que acontecem por ai.
Nao tenho a menor ideia do que fazer quando tiver os meus filhos, mas enquanto nao os tenhos. Porta fechada e luz apagada e torcer para que a porta da minha casa nao amanheca cheia de ovos!
E voces, o que fazem e acham do Halloween??

Como você vive em paz na terra dos terremotos?

Esta é uma pergunta que escuto muito dos meus amigos e da minha família.
Confesso que quando me mudei para a Califórnia, a fiz de uma forma meio relutante, pois a Saint Andreas Fault passa bem aqui no meio do Vale do Silício.
Infelizmente aqui nos Estados Unidos nós precisamos "escolher" qual disastre natural preferimos enfrentar, pois todas as regiões são acometidas de algum tipo: furacões, tornados, enchentes, tempestade de poeira, nevasca e por aí vai... Alguns deste fenômenos tem estação do ano para acontecer, então todo ano é a mesma preocupação com o mesmo desastre natural...
Terremoto ninguém sabe quando vai acontecer, não é mesmo? Pra ser sincera, eu tento não pensar muito sobre o assunto, mas esta semana foi um pouco difícil ignorar o fato, pois semana passada aconteceram 3 pequenos terremotos aqui na região, e um mais forte esta semana perto da região de Sacramento. Graças a Deus não senti nenhum deles, mas pessoas que conheço e que moram em San Francisco sentiram o tremor.
Desde que eu me mudei para cá, passei pela experiência de um pequeno terremoto e vou dizer que a sensação é terrível. É preciso ter treinamento para não entrar em pânico!
Lembro-me de que depois que passei por esta experiência comecei a pesquisar sobre o que deveria fazer para me preparar no evento de um terremoto maior. Então eu organizei kits com comida, água e produtos de higiene pessoal para cada um dos nossos carros e kit de emergência com o estoque de água que fica na nossa casa. Tomo alguns cuidados também como nunca deixar o tanque do carro menos do que a metade vazio, porque se eu precisar dirigir para algum lugar longe, pelo menos tenho garantido 200 miles com metade do tanque do carro.
Existe uma enorme quantidade de coisas que se deve e não se deve fazer, do que se preparar no evento de um terremoto maior acontecer na região. Os geólogos dizem que nos próximos 30 anos há uma enorme probabilidade do "The big one" atingir a região, mas nunca saberemos se estamos preparados ou não até que aconteça.
Pra quem não mora por aqui ou em região que acontece este tipo de desastre natural, é meio louco ficar pensando sobre o que fazer, planos para emergência e tal, muitos dos meus amigos me chamam de paranóica por ficar me preocupando com isto, mas a gente sempre escuta que a probabilidade de sobrevivência num evento de desastre vai depender do quanto nos precavemos e nos preparamos para isto.
E acima de tudo, eu confio em Deus para nos proteger e abençoar, peço que quando aconteça um terremoto eu não esteja aqui, como foi em janeiro de 2010 que estávamos viajando quando aconteceu um aqui na região.
O segredo é confiar em Deus e se preparar. E não pensar sobre o assunto, senão você fica louca!

A difícil arte de fazer amigos...

Sinceramente estou cansada.
Cansada da superficialidade das ditas "amizades" que fazemos aqui, que se desfazem com a mesma rapidez com que se fazem.
Uma vez uma americana me disse que para se fazer amigos por aqui é necessário ter um cachorro ou filhos, já que estes atraem adultos em situações semelhantes e que acabam fazendo laços de amizade por conta dos "pequenos".
Estou cansada de ser usada, seja para dar caronas ou matar tempo enquanto não se tem um programa melhor para se fazer, ou para pedir um favorzinho. E depois ser descartada, como um copo de plástico...

Noivas em San Francisco num sábado qualquer de outubro

Que São Francisco é a cidade perfeita para ser cenário de um casamento eu não tenho a menor dúvida (digo por experiência própria), mas hoje visitando a cidade encontrei 3 noivas com estilos bem diferentes e pensei na diversidade imensa deste lugar... desculpem-me pelas fotos que não foram tiradas do melhor ângulo do mundo, mas é que não queria apanhar das noivas em questão =)

Noiva #1
Fonte: Arquivo pessoal

Encontrei a noiva #1 tirando fotos na Lombard Street. Fiquei um tempão admirando tentando decifrar se era realmente uma pessoa ou uma boneca de porcelana. Até tive a oportunidade de passar por ela e dizer parabéns e  dizer o quanto ela estava linda.

Noiva #2

Fonte: Arquivo Pessoal

Primeiro vi a bridal party todas alegres e saltitantes no Museum of Fine Arts. Cenário perfeito para tirar fotos românticas... quando vi a noiva #2 quase tive um ataque! Peraí... sei que roxo está na moda, mas assim, casar de roxo??? Achei mais extravagante ainda a escolha do terno branco para o noivo.

Noiva #3

Fonte: Arquivo pessoal

Encontrei a noiva e a bridal party no morro próximo a Golden Gate Bridge. Eu não consegui acreditar que a noiva estava usando um vestido verde limão. Com direito a tênis nike combinando.

Sei que há estilo para tudo, mas fico imaginando se daqui há uns 10, 15 anos elas ainda estarão felizes com a escolha do vestido que usaram no dia de seus casamentos. Espero que sim...

Fonte: Arquivo pessoal

Existia uma noiva #4, mas não a vi, porque estava sendo montado um casamento na praia Baker Beach. Vi apenas o ministro, o noivo e o best man, mas tirei foto super fofa de onde iria se realizar a cerimônia... uma pena que não pude esperar para vê-la...

Fleet week em San Francisco

Semana passada ocorreu um evento na cidade de San Francisco conhecido como Fleet Week. Desde 1981 a Navy, Marine e Coast Guard celebram a chegada de navios que estavam em serviço militar na cidade.
Este ano o navio que transportou (supostamente) o corpo do Bin Laden entre outros chegou em San Francisco com pompa e festividade. Enquanto o navio fica no porto da cidade para alguns tours guiados,  os marinheiros saem para turistar (e paquerar, lógico!).
Em comemoração  à fleet week, geralmente há shows aéreos de aviões militares e do esquadrão conhecido como Blue Angels.
A Fleet week acontece em San Francisco no segundo final de semana do mês de outubro e se você pensa em vir para a cidade nesta época, as reservas de hotéis são feitas com pelo menos 1 ano de antecedência e os preços  são altíssimos... a cidade fica completamente lotada. Para vocês terem uma idéia San Francisco tem mais ou menos 800 mil habitantes e nesta época estima-se que com o número de visitantes o número de pessoas na cidade chegue a 2 milhões!!
A fleet week é uma coisa muito controvérsia pelos lados de cá. Há pessoas que amam de paixão e contam nos dedos os dias para a chegada dos Blue Angels. Um sentimento de "we are so proud of being America" toma conta de muitos corações. Por outro lado há muitos que detestam a idéia de aviões militares sobrevoando a cidade por 4 dias seguidos. Não apenas o barulho é motivo de reclamação, mas segundo algumas pessoas, dinheiro do contribuinte é jogado no lixo já que gasta-se caríssimo combustível para demostrações acrobáticas no céu e claro o impacto que os mesmos trazem para o ecossistema da Bay Area.
Enfim...  a minha primeira experiência foi terrível porque não sabia que a cidade lotava tanto e assim como as demais 2 milhões de pessoas, no ano de 2009,  tive a brilhante idéia de ver o show na Golden Gate Bridge. O que eu não contava foi com o trânsito, ônibus lotado e o pior de tudo, a famosa fog (neblina) que cobriu a cidade e cancelou os shows aéreos. Imagina a minha frustração? Já que teria que enfrentar ônibus lotado e longas caminhadas para retornar para casa.
Por este motivo prometi para mim mesma que não voltaria na cidade nesta época, mas como o meu marido estava por aqui, ele geralmente viaja a trabalho nesta época do ano, e ele adora aviões, trens e afins, resolvi dar mais uma chance e lá fomos nós no sábado de manhã para San Francisco.
O plano era simples: ir de trem até a cidade e da estação caminhar 5 kilometros (sim CINCO KILOMETROS) até o pier, onde poderíamos ter uma boa visão do show aéreo. Levamos também mochila com comida e água, assim não teríamos que enfrentar enormes filas nos restaurantes.
Posso dizer que foi a melhor idéia que tivemos! Estava um dia lindo na cidade, bem ensolarado e a temperatura agradável.
Valeu cada segundo a longa caminhada, pois as 4 horas de shows aéreos foram incríveis! Só a oportunidade de ver aviões militares de perto, fazendo acrobacias e DE GRAÇA já pagou pelo cansaço da caminhada.
Lógico que por todos os cantos que você olhava tinha o pessoal da marinha com aquelas roupas de marinheiro parecendo o Quico do Chaves, para a alegria das solteiras.
Abaixo algumas fotos da fleet week 2011. Para quem quiser saber mais informações sobre o evento, aqui está o link: Fleet Week San Francisco .  Fica a dica!

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal

Jobs...

Foi com choque porém sem surpresa que recebi a triste notícia do falecimento de Steve Jobs.
Bateu uma tristeza, afinal, ele foi uma pessoa que criou technologia, mudando o nosso jeito de escutar música, fazer ligações, conectar-se ao mundo da internet. Acho que não preciso ficar aqui falando da importância em nossa vida moderna, afinal, qualquer pessoa neste mundo inteiro usa ou gostaria de usar um de dispositivo que foi inventado por ele.
Morando há apenas alguns quilômetros da sede da Apple, nunca tinha ido no  tão famoso endereço 1 Infinite Loop. E apesar de não entender o que leva estranhos levarem flores, velas, mensagem, até mesmo deixar um Ipad mostrando uma foto dele em frente da empresa, ontem após o jantar eu e meu marido fomos até lá.  Esquisito ver pessoas em frente à este "memorial" chorando, tirando fotos, olhando para o nada por minutos, mas respeito. Apenas olhamos o que estava acontecendo e fomos embora. Até hoje em todos os horários, os jornais continuam falando de Steve Jobs. O famoso discurso que ele deu na graduação da faculdade Stamford em 2005 tem passado sem parar também. Palavras sábias, inspiradoras.
Várias pessoas deixando flores, post-its com mensagens na porta de várias lojas da Apple por toda a Bay Area. E enquanto eles mostravam os post-its na televisão, percebi um "Você foi um gênio" assim mesmo, em português.
A mais bonita de todas foi a homenagem de um estudante de design em Honk Kong, criando a figura abaixo. A figura foi criada em agosto, quando ele deixou a empresa, mas virou um vírus pela internet apenas agora. Silenciosa e bonita, diz tudo. E é assim que termino este pequeno post também. E se você nunca ouviu, vale a pena ouvir o discurso na íntegra.

Fonte: www.uol.com.br




Depois da tempestade...

Existem momentos na nossa vida que o que precisamos é apenas um pequeno gesto, uma pequena palavra para nos dar incentivo, alegria, ânimo...
Ao desviar os meus olhos cansados da tela do laptop e olhar pela janela da biblioteca, me deparei com esta linda imagem. Uma mensagem simples e silenciosa mas que trouxe uma inexplicável paz e alegria e a certeza de que tudo vai ficar bem.
Fonte: Arquivo pessoal

A primeira semana de aula e o outono...

Graças a Deus a primeira semana de aula terminou.
Podem achar exagero, mas digo que esta foi a pior semana que tive nos Estados Unidos. Muito estresse, muita emoção à flor da pele, muito nervosismo e para melhorar TPM que me deixa extremamente sensível e emotiva.
Muitas pessoas me disseram que seria difícil, mas nada me preparou para enfrentar as aulas, e não é nem a questão de entender os professores, os colegas. A língua graças a Deus não é um problema.
Acho que fiquei assustada com o sistema americano. Basicamente no primeiro dia de aula os professores te dão a lista com "as regras do jogo"chamada syllabus. E professor em sala de aula é rei e tem palavra final. Então ou se brinca nas regras deles, ou você está frito. Então eu já tenho as listas de trabalhos, provas, apresentações e leituras para fazer daqui até o final do semestre. E receber esta avalanche de deveres de uma vez só me deixou super estressada e com a auto-confiança lá embaixo. Aquele medo terrível de que não vai conseguir dar conta do recado.
Uma coisa agradeci imensamente à Deus foi o carinho e o apoio do meu marido, as palavras de conforto, ou apenas o sorriso e abraço enquanto me debulhava em lágrimas. Outra coisa que fiquei imensamente agradecida é que apesar do choque do passo das aulas, eu não tenho que lidar com choque cultural, de língua. Fiquei imaginando naqueles pobres alunos internacionais que acabaram de chegar na "América" e está tentando se achar no lugar daquela multidão.
Uma coisa já percebi é que se não tiver um bom gerenciamento de tempo ficarei louca, porque além de ser estudante em tempo integral, ainda sou filha, tia, amiga e esposa e preciso encontra um equilíbrio nas tarefas e deveres. E nada de ser perfeccionista, senão piro de vez.
A experiência apesar do stress tem sido boa e sem dúvida ser uma aluna mais "madura" tem as suas vantagens. Às vezes fico observando os outros alunos, tão novinhos, com uma vida enorme pela frente... tenho que ser sincera e dizer que às vezes invejo a vida que levam, de ter apenas a responsabilidade de estudar e nada mais. Deixa pra ser adulto daqui há alguns anos. Percebi que há alunos mais velhos do que eu também, mas é tão difícil puxar papo com este povo! Estão sempre correndo ou pior, com Ipods ou no telefone, num mundo paralelo diferente do mundo real.
Este trimestre estudarei francês, comunicação intercultural e história. Devia ter escutado os conselhos da orientadora e começar pelo último nível de ESL, mas não, fui cabeçuda e agora vou ter que me virar para escrever redações de 2 a 10 páginas. E a paranóia que eles tem com plágio? Sério, tenho medo até de escrever meu próprio nome e o professor dizer que copiei da internet!
Se os três últimos meses do ano passam rápido, este ano eu tenho certeza de que irão voar!
O outono está chegando de mansinho pelos lados de cá. Semana passada foi a semana mais quente do ano! Com temperatura acima dos 30 graus todos os dias, o que é engraçado já que no verão não passava de uns 25.
Agora parece que Deus apertou o botão escrito "fall" e tem sempre um vento forte soprando por aqui, espalhando milhares de folhas e galhos por todos os cantos. Aqui infelizmente as folhas não mudam de cor, com exceção de uns 2 tipos de árvores que existem por aqui, mas elas ficam vermelhas e logo caem, ou então amarelas. Nada comparado com a beleza da outra costa, sem dúvida!
E com a chegada do friozinho é hora de tirar a Crock Pot do armário e cozinhar muitas coisas gostosas! Pra quem não conhece a Crock Pot é uma panela para cozinhar alimentos bem devagar, por horas! Há várias receitas deliciosas pela internet! É uma mão na roda também, já que você coloca as coisas lá dentro, liga e vai cuidar de outras coisas. Esta semana já preparei Chilli e também carne cozida, conhecida como "Beef stew" e esta semana o marido vai fazer Chicken Curry, frango com curry, iogurte e gengibre, adoramos!
Apesar da correria quero muito continuar escrevendo e acompanhando outros blogs, prometo que volto assim que puder!

Volta às aulas.

Achei que não retornaria para um banco de faculdade tão cedo, mas cá estou eu depois de quase 5 anos de formada retornando à faculdade.
Esta semana comprei livros, fichário, estojo, papel, imprimi os horários das aulas. Tudo organizado para amanhã.
O problema até agora é lidar com a ansiedade e os medos que povoam a minha mente e me deixou com insônia por alguns dias. Medos como: não dar conta de ser estudante em tempo integral e as responsabilidades de ser esposa e administradora do lar. =)
Sem o apoio do meu marido sei que não conseguiria nem cogitar a idéia de voltar às aulas. Será um tempo de grande readaptação, mas sei que valerá a pena no futuro.
Hoje pela manhã quando retornei da igreja ele tinha comprado um buquê de flores, um gesto para me dizer boa sorte com a faculdade. Ele não tem idéia do quanto este pequeno gesto confortou o meu coração...
Volto depois para contar como foi a primeira semana de aula.

Você tem medo de que?

Não é preciso morar em São Paulo para saber o quanto a cidade é violenta. Crimes dos mais variados tipos, nas mais variadas horas do dia ou da noite. É uma preocupação constante na cabeça de todos os paulistanos. Lembro-me de sempre agradecer a Deus por chegar em casa e todo mundo estar bem, pois foi mais um dia segura na loucura daquela cidade.
Apesar de morar na periferia de São Paulo, em um dos lugares mais violentos da cidade, nunca tinha presenciado durante os 25 anos que morei lá nenhum crime. Não sabia nem distinguir o barulho de um disparo de arma. Sempre havia no bairro boatos de tarados atacando mulheres, assaltos, etc, mas fui imune a esta loucura até uns meses antes de vir para os EUA.
Estava eu, escutando música com o fone de ouvido no celular (e não era nada muito caro, um nokia qualquer), quando um cara numa motocicleta faz meia volta na rua e para de frente pra mim, aponta uma arma e pede o celular.
Na hora eu só pedi para ele ficar tranquilo, que eu tinha que colocar a mão dentro da minha jaqueta para pegar o celular, assim que entreguei pra ele, foi embora e eu fiquei ali, indignada...
Minha mãe sempre aconselhou a entregar o que fosse para o assaltante, morria de raiva, mas tinha até um dinheiro separado na carteira "para entregar para o ladrão". Sério mesmo. Eram uns 20 reais eu acho que não podia usar para nada, para entregar para o ladrão em caso de assalto, pois na teoria da minha mãe, se ladrão não acha dinheiro pode ficar com raiva e fazer alguma maldade com você.
Nem preciso dizer que hoje em dia eu não tenho mais este dinheiro reservado para o ladrão na carteira né?
Graças a Deus a segurança aqui é um dos fatores que faz a vida neste lugar valer a pena. Apesar que eu saí de São Paulo, mas São Paulo nunca saiu de dentro de mim, e eu continuo tomando cuidado como por exemplo, trancando a porta do carro, não deixando nada a vista, porque "gente ruim" tem em todo lugar do mundo.
O pessoal aqui como nunca viveu num ambiente inseguro às vezes exagera na falta de cuidados com a segurança. De não trancar portas de carro ou da casa, de andar por aí usando laptop, ipads e afins em tudo quanto é canto, desde o metrô até praça pública.
O que tenho infelizmente percebido nos noticiários são crimes que costumavam ser comuns em São Paulo, parece que chegaram por aqui... assalto de jóias no metrô - sim, saiu na televisão que as pessoas não deveriam sair por aí mostrando jóias, principalmente de ouro -, sequestro relâmpo, que infelizmente resultou em morte de uma pessoa em San Jose, cidade aqui próxima, fora os inúmeros casos de morte e acidentes com balas perdidas em uma região daqui que eu comparo como a do Capão Redondo em São Paulo - Oakland. Todos os dias no jornal, a gente vê notícia de algo que aconteceu nesta cidade, geralmente briga entre gangues e tiroteiro que acabam tirando vida de inocentes, inclusive crianças.
É algo que sempre falo para o meu marido, podem me chamar de paranóica, mas eu quando vou abastecer o meu carro, eu tranco a porta e levo a chave, ando sempre com a porta do carro trancada, não abasteço jamais o carro à noite, sempre olho quando ando em estacionamento e se saio para caminhar sozinha, o meu ipod está sempre com o volume alto o suficiente para que ainda consiga escutar os barulhos ao meu redor, porque infelizmente onde há seres humanos, há a possibilidade da violência acontecer.

Viagem ao passado... você está preparada para uma?

Esta semana estava organizando os arquivos no meu novo laptop e ao terminar de copiar os arquivos do meu HD de backup, resolvi dar uma olhada num estojo de CD's que há muito tempo não mexia.
Comecei com os CD's de foto, e foi uma deliciosa surpresa encontrar rostos e lugares que não vejo há muito tempo.
Junto com as fotos vieram uma avalanche de memórias que trouxeram um sentimento maravilhoso de alegria e saudosismo. Muitas das pessoas que estavam naquelas fotos mal falam comigo hoje, mas foram pessoas importantes em diferentes momentos e fases da vida e por isto mesmo, foi bom revê-los e lembrar com carinho de momentos que compartilhamos.
A minha maior surpresa aconteceu quando peguei os CD's de músicas. Sou do tipo de pessoa que tem memória musical. Pessoas, lugares, situações... sempre acabo associando com uma música diferente.
Estava copiando algumas músicas quando encontrei um CD que não tinha título, nem sabia o que era, nem quem tinha me dado... era um CD cheio de músicas infantis e vinhetas de programas infantis como a TV Colosso, Cavalo de fogo, Get Along Gang. Uma alegria tão gostosa encheu o meu coração quando comecei cantar a música do Balão Mágico. Como é que eu era capaz de lembrar a letra da música mesmo depois de no mínimo 20 anos sem escutá-la?
Foi um dos maiores tesouros que achei nos últimos tempos e me deu uma vontade ainda maior de recuperar a caixa de recordações que tenho no Brasil, na casa da minha mãe. Acho que é a única coisa que deixei no Brasil quando me mudei, e não vejo a hora de recuperá-la. São cartões e cartas que amigos me mandaram aos longos dos anos, lembrancinhas de casamento e nascimento.
Após a deliciosa experiência que tive em relembrar músicas e fotos fiquei muito mais motivada para colocar um projeto que já devia terminado há tempos : montar "A capsula do tempo do meu casamento". Recebi como presente de aniversário e pra ser sincera não dei muita bola, até abrir aquela lata grande com vários papéis e ler as instruções e o caderninho para ser preenchido. Coisas como informações pessoais, o que gosta de comer, ler, escutar, o que aconteceu de importante no primeiro ano de casamento, onde moravam, as primeiras despesas, etc. Também há sugestões para fazer vídeos, fotos, cartas de familiares para o casal, cartas de um para o outro, etc. A imaginação é o limite.
É algo que vai dar trabalho para fazer, que vai levar tempo (deveria ser feito no primeiro ano de casamento), mas eu fiquei apenas imaginando as nossas reações daqui a 25, 30, 50 anos, abrindo aquela latinha e  encontrar todos aqueles objetos para nos lembrar do nosso casamento e do início da nossa vida juntos.
Além disto, comprei um caderno bem bonito onde escrevemos o que fizemos no nosso primeiro aniversário de casamento e nos comprometemos a todo ano escrever um resumo dos acontecimentos do ano e o que fizemos para celebrar o nosso dia.
Pode parecer perca de tempo, romantismo bobo, mas quero um dia poder olhar para trás, ter coisas para me lembrar os pequenos momentos de alegrias e para isto é preciso hoje, no meu presente, construir as memórias do meu "futuro passado".

Saindo da zona de conforto

Foi preciso sair da  zona de conforto (nem tão confortável assim) há 4 anos e meio para realizar um sonho de menina: conhecer o mundo. O mundo que eu conhecia era São Paulo, cidade maluca, com muito trânsito, pouca segurança, muito trabalho, pouca diversão, nenhuma praia.
Muitos dos que me conheciam diziam que eu era corajosa, sair do conforto da Pátria amada para desbravar o mundo frio dos americanos. Pra ser sincera não era bem coragem o que eu tinha, mas sim um desejo imenso de realizar. Um desejo que cresceu mais ainda no dia que alguém me disse: "você não vai conseguir".
Cheguei,  instalei-me em New Jersey e fui feliz por longos 8 meses. Estava contente com o meu mundo nos subúrbios de New Jersey, perto de NYC, planos mil para o ano seguinte, quando fui forçada novamente a sair da minha zona de conforto.
Não queria mudar. Não queria mexer em nada, tudo estava tão perfeito, tão bom! Tive a escolha, a difícil escolha de continuar ali no mundinho Newjersiano, voltar para o meu mundinho Paulistano tão familiar ou mudar radicalmente. Mudar para um local totalmente diferente, um lugar que só conhecia pela TV e fotos. Um lugar que não sei porque motivo me atraía com suas belezas naturais, mas que também morria de medo porque na minha cabeça era sinônimo de terremoto.
A cabeça estava feita. Queria ir pra Califórnia. Quase fui morar em San Francisco, quase fui parar em San Diego, mas acabei atravessando a Golden Gate Bridge para morar em um dos lugares mais ricos da Califórnia.
E claro que no meio daquele luxo todo, de casas lindas e grandes, de carros caríssimos, pessoas bem vestidas e cheia de educação, de famílias dignas de foto para colocar em porta-retratos, encontrei-me no lugar mais desconfortável da minha vida. Não me sentia em casa, sem muitos amigos, perguntando-me quase todos os dias que raios que estava fazendo naquele lugar.
Por que é que eu havia deixado o conforto do meu lar, do meu país para vir parar aqui mesmo? Época de adptação, que trouxe-me inúmeras lágrimas, momentos de solidão e dúvidas.
E aí encontro o marido gringo e todos os planos mudaram. Veio a mudança de endereço, de planos, de estado civil. A mudança de emprego, de ambições, de círculo de amizades.
E quando eu achei que agora sim, tudo está perfeito, lá vem a direção divina dizendo que é hora de levantar o meu bumbum do sofá, deixar o cobertor de lado, sair do conforto do conhecido novamente.
E cá estou eu agora, pronta para enfrentar o não tão confortável banco de faculdade.
Como das outras vezes, há uma mistura enorme de ansiedade, de medo, de certeza de que tudo vai dar certo no final, muitas conversas com Deus para me preparar para o desconhecido e para os momentos de dificuldades que virão.
Pra ser sincera,  nunca fui muito fã do desconhecido, mas ao longo dos anos aprendi que existem momentos na vida que é preciso sair do nosso confortável mundinho. As novas experiências e situações vividas não trazem apenas um colorido para nossa vida, mas também a oportunidade de crescimento, aprendizado.
Às vezes imagino como seria a minha vida se eu tivesse sido paralisada pelo medo ou pela preguiça. Teria deixado de viver tanta coisa, de conhecer tantos lugares e pessoas! Tenho certeza de que seria uma pessoa muito diferente do que sou hoje.
Por isto é hora de respirar fundo e encarar o desafio com bom humor, coragem e fé, muita fé.

A diferença cultural...na cozinha

Lembro-me que muitas pessoas me perguntaram como eu e o meu marido lidávamos com as diferenças culturais. Ele europeu, eu brasileira morando nos Estados Unidos.
Na verdade nós nunca tivemos problemas de adaptação, mas lembro que no início do namoro eu vivia emburrada e encucada com as coisas que ele me dizia. Não por dificuldade no idioma, mas porque como boa brasileira ficava a todo momento tentando achar o "por entre linhas" ou "o que você realmente quis dizer com isto". Foram bons meses para entender que o que era dito era aquilo e ponto final.
Como cristãos e com fortes valores familiares, mesmo crescendo em continentes diferentes temos muita coisa em comum, e às vezes a cultura americana parece bicho estranho pra gente.
Agora uma coisa que é uma diferença cultural quase gritante acontece na cozinha. Morando há 4 anos e meio por aqui já peguei o hábito de comer apenas cereal de manhã com leite, ter um almoço leve e um jantar mais caprichado. Também aprendi a uma vez por semana comer "cooked breakfast", ou seja, ovos, bacon, torradas.
Uma coisa que nunca falta em casa é pão de queijo, carinhosamente chamado pelo marido de "Ponji". E claro, ele não dispensa uma farofa, feijoada (que particularmente não como), churrasco, coxinha. De vez em quando ele faz sopa de ervilhas ou uma torta de carne típica da cultura dele também.
Agora certas coisas que pra mim não descem de jeito nenhum: torrada com feijão enlatado, torrada com queijo e mostarda. Pra ele o que não desce de jeito nenhum são coisas como: vitamina de abacate, banana amassada com mel, macarrão com alho, óleo e ovos.
Claro que cada um tem um gosto particular para comida, mas acho engraçado quando começamos a contar as coisas que costumávamos comer quando crianças.
Graças a Deus não tenho um marido chato para comida, então a maioria das coisas que preparo sejam elas típicas do Brasil ou não ele come com o maior gosto e não é sempre que tenho consciência da nossa diferença cultural em relação à comida, exceto como um dia ele pediu pra eu fazer vitamina e pedi para ele cortar a manga pra colocar no liquidificador. O diálogo seguiu-se da seguinte forma:
- Querida, como eu corto a manga?
- O que? Você não sabe como cortar uma manga?
- Querida, lembre-se que onde eu nasci não se tem manga!
- Descasca, e vai cortando as fatias, mas toma cuidado com o caroço.
- Caroço? E manga tem caroço?
( Comecei a pensar de que planeta o meu marido veio...) - Sim querido, tem um caroço enorme.
-Tá. É que eu sempre comprei manga em cubinhos na sessão de congelados... - e começa a cortar manga com a maior cara de nojo por ser lisa e gosmenta e eu morro de rir com a cena...

Nos momentos em que nossas diferenças aparecem, principalmente de costumes alimentares, respeitamos muito um ao outro e tentamos experimentar e aprender sobre a cultura do outro, porque não existe uma coisa certa ou errada. E por isto mesmo, a minha família do Brasil fica impressionada com a quantidade de comida que ele conhece por nome e disse que gosta de comer, e eu espero não fazer cara feia e fazer feio quando visitar a família dele na Europa também. =)

Golden Gate Bridge

Dá para falar em San Francisco e não pensar na Golden Gate Bridge? Impossível! É uma das pontes mais famosas  do mundo, com uma vista maravilhosa e engenharia revolucionária (pelo menos na época em que foi construída em 1937).

Sempre tive muita vontade de conhecer San Francisco e de atravessar aquela tão famosa ponte vermelha, que tinha visto em filmes e fotos. Você pode ler muito sobre o assunto, ver duzentas milhões de fotos, mas nada se compara em estar frente a frente e poder pisar na Golden Gate.
De lá você tem uma vista maravilhosa da cidade de San Francisco e também de Alcatraz. Você pode cruzar a ponte à pé, de bicicleta ou de carro.

Há um grande estacionamento no Visitor Center, que fica antes da entrada do pedágio, só que você precisa pagar para estacionar e há limite se não me engano de 2 horas. Este estacionamento fica looootado, principalmente nos meses do verão e aos finais de semana. Um dos motivos é que se você cruzar a ponte, você terá que pagar um pedágio para voltar para a cidade no valor de 5 dólares. Há muitos ônibus turísticos que param lá e até mesmo transporte público com linha que para neste estacionamento, então se você não vier para cidade e alugar um carro, não tem desculpa para não visitar a ponte.
Deste ponto você tira fotos maravilhosas da ponte, há também a estátua do engenheiro responsável pela construção da mesma e um pedaço do cabo principal da ponte, onde você pode tirar fotos e saber um pouco mais sobre a ponte.




Visitor Center - Fonte: Arquivo Pessoal





Pedágio após Visitor Center - Fonte: Arquivo Pessoal

Muitas pessoas alugam bicicletas no Fisherman's Wharf em San Francisco e pedalam a ponte até a cidade vizinha chamada Sausalito e de lá pegam o barco de volta para SF. O caminho só tem um trecho de ladeira, o resto ou é reto ou descida, vale a pena!
Agora, se você decidiu cruzar a ponte de carro, há mais opções de paradas. Assim que cruzar a ponte, você pode estacionar no lado de Sausalito. O estacionamento não é pago, mas é super concorrido. Há também banheiros neste lado da ponte.




Cruzando a ponte.. - Fonte: Arquivo Pessoal

Uma alternativa bacana e que é a minha preferida quando visito a ponte é estacionar no Marin Headlands estacionamento. Ele não é pago, geralmente tem vagas e o melhor de tudo, você tem a oporturnidade de atravessar por baixo da ponte! Sim há uma passarela para o Vista Point, mais utilizadas por ciclistas (geralmente eles é quem estacionam deste lado), então você pode adicionar mais um ângulo da ponte na sua visita.




Vista Point - Marin County side - Fonte: Arquivo Pessoal

Para chegar a este estacionamento alternativo, quando você atravessar a ponte sentido Marin County, ao invés de você entrar na saída Vista Point, você segue na estrada até encontrar a saída para Alexander Ave. Ao sair da freeway, ao invés de continuar à direita em direção à Sausalito, você fica na esquerda onde haverá um sinal de STOP. Vire à esquerda, passe por baixo da freeway e vire à direita, subindo um morro. Este morro é o Marin Headlands. Assim que começar a subir você verá um sinal de PARE à esquerda, só entrar e estacionar o carro. A passarela para passar debaixo da ponte fica no final do estacionamento.



Após retorno, indo para Marin Headlands à direita - Fonte: Arquivo Pessoal

Geralmente eu estaciono ali e vou caminhar na ponte, é um dos meus programas favoritos e você não precisa ficar preocupado com tempo, pois não há limite de para estacionar.
Se for atravessar a ponte, leve um agasalho ou um moleton, porque mesmo nos dias mais ensolarados o vento é muito forte e gelado. Dependendo da velocidade que você andar e quantas paradas fizer para tirar fotos, deve demorar em torno de 1 hora para atravessar a ponte para o outro lado, mas parecem minutos, acredite! Leve água e um lanche pois a lanchonete se encontra apenas no Visitor Center no estacionamento do lado de San Francisco e não há muitas opções e também são bem caros.
E não fique triste se você for visitar a ponte e a famosa fog estiver sobre a mesma. É muito comum a tal da fog (neblina) nesta região de San Francisco, principalmente nos meses de verão. O ideal é não ir visitar a ponte muito cedo ou muito tarde. E não fique surpresa se você ver que a ponte está coberta de fog do lado de San Francisco e quando chegar do outro lado encontrar um dia lindo ensolarado!

Falando em Marin Headlands, este é um dos lugares mais bonitos para tirar fotos da ponte! Há 3 paradas para tirar fotos, e vale a pena parar em cada uma!!! A primeira parada subindo o morro é uma das mais conhecidas e concorridas. Respeite os lugares para estacionar, porque há sempre policiais dando multas por aquelas bandas. Após estacionar o carro, você vai subir numa trilha até chegar ao topo onde estará mais perto da ponte.




Trilha após estacionar primeira parada - Fonte: Arquivo Pessoal



Vista da primeira parada Marin Headlands - Fonte: Arquivo Pessoal

Na segunda parada, você tira fotos muito legais também, mas a terceira parada você tem uma visão maravilhosa da ponte inteira e também da cidade de San Francisco. É só seguir a estrada até o topo do Marin Headlands. Eles reformaram toda a estrada no topo, colocaram mais lugares para estacionar, bancos, etc.
Da última vez que fui lá (junho/2011) esta estrada para o Marin Headlands estava em construção, mas vale a pena arriscar para tirar ótimas fotos.




Segunda parada Marin Headlands - Fonte: Arquivo Pessoal



Topo do Marin Headlands - Fonte: Arquivo Pessoal


A melhor hora do dia na minha opinião para tirar fotos da ponte é de tarde, umas 2 horas antes do pôr-do-Sol, pois ele brilha diretamente na ponte e ela fica mais avermelhada.
Você também pode subir a estrada do Marin Headlands à noite! É uma experiência tão diferente ver a ponte iluminada! 




Golden Gate Bridge - Marin Headlands - Fonte: Arquivo Pessoal


Ufa, que post enorme!

É simplesmente impossível não me empolgar falando da Golden Gate Bridge. Tem até uma amiga minha que diz que ela é a minha ponte, pois além da beleza, ela está intimamente ligada com a minha vida aqui na Califórnia.
Muitas e muitas vezes em momentos de tristeza eu peguei o meu carro e subi até o topo do Marin Headlands e fiquei lá sentada admirando a paisagem, desabafando com uma amiga ou pedindo forças e direção para Deus. A ponte também foi cenário do meu primeiro date com o meu marido, e claro que não poderíamos deixar de tirar fotos lá quando nos casamos.

Em 2012 a Golden Gate Bridge irá celebrar o aniversário de 75 anos e ainda não foi definido como serão as comemorações desta data, já que uma preocupação muito grande é garantir a segurança do local e das pessoas que irão participar da festa e por este motivo é que tenho quase certeza de que não estarei por lá nesta data tão especial.

Se alguém tiver alguma dúvida, sugestão a acrescentar não hesite em deixar um comentário ou enviar um email!

Até a próxima!



















Por que criar o blog "Uma Paulistana na Califórnia"?

Ler blogs sempre me ajudou muito a conhecer lugares que nunca fui, entender culturas e costumes que eram desconhecidos. Ler histórias de casamentos, criação de filhos, curiosidades culturais, dicas de culinária, como cuidar e organizar a casa, as alegrias e tristezas de se morar longe do país de origem.
E lendo tantas histórias e sendo eu mesma uma pessoa que adora escrever e ajudar outras pessoas, decidi que era hora de nascer um blog para contar um pouco da minha vida aqui na Califórnia.
Não tenho pretensão de me expor muito, porque já tive enorme dores de cabeça com um antigo blog na internet, mas compartilhar idéias, pontos de vidas, contar experiências, dar dicas, fazer novas amizades. Este é o propósito deste blog.
Neste momento há um milhão de idéias na minha cabeça sobre o que escrever, mas achei que este seria o post inicial adequado.
Entre e fique a vontade!