A nossa hospitalidade brasileira...

Cresci na periferia de São Paulo. Uma casa modesta, que não tinha (e até hoje não tem) uma sala de estar. Eram 2 quartos, 2 banheiros um corredor e a cozinha. Desde pequena estou acostumada a ter a casa cheia de parentes, primos, amigos dos meus pais. A gente costumava ter uma festa na época do Natal em que grande parte dos meus tios vinham e a gente dançava forró até o pé cansar.
A minha família é grande e como nós brasileiros temos o costume de passar na casa de amigos e familiares sem avisar, a minha mãe sempre fazia mais comida do que necessário nos finais de semana porque era certeza de que alguém iria aparecer (e aparecia!). Foi com ela que aprendi o lema: "A casa não é bonita e é pequena, mas o coração é grande e sempre cabe mais um".
E aí eu vim parar na América.

Gente que choque!!!! A hospitalidade aqui nos Estados Unidos não é nada comparada com a hospitalidade que eu cresci e vivi durante a minha vida com a minha família. Isto é reflexo dos costumes e da cultura americana que são bem diferentes da brasileira, é um fato!

Não é com muita frequência, mas de vez em quando recebo alguns convidados aqui em casa. Amigos e família tanto meus como da parte do meu marido. E eu fico muito feliz! E acho que acostumada a ver a preparação da minha mãe quando era pequena, começo a preparar a casa para as visitas. :-)
Preparo menu, os passeios que faremos, limpo, organizo, e que satisfação de ter a casa cheia!

Quando conto para os meus amigos americanos que terei visita em casa, vejo muitas vezes eles virarem os olhos, achando uma loucura ter "tanta gente por tanto tempo" dentro da minha casa. É que os americanos prezam muito pela privacidade deles. Então parente e amigo ficar na casa deles, só em época de Natal e de Ação de Graças e olhe lá. Jamais você vai chegar sem ser convidado ou ter marcado na casa de um americano. É capaz dele fechar a porta na sua cara dizendo que no momento está ocupado e que não pode lhe atender.

E as festas? Todas elas tem um horário para começar e para terminar. Às vezes eles especificam (é, especificam) o traje que deve ser usado e se há necessidade de levar alguma coisa como salada, sobremesa, etc. Coisa de americano. Mas não julgo, algumas coisas acabei incorporando na minha vida. Hoje em dia, não me vejo mais tendo um ataque de espontaneidade e indo para a casa de alguém sem ter combinado antes. Acho que é uma questão de respeito.

Não importa qual é a sua cultura respeito tem que estar acima de tudo né? E tem gente que se aproveita da nossa boa hospitalidade brasileira para abusar um pouco.
Não sei se vocês já passaram por isto, mas por morar na Califórnia, o sonho de destino de viagem para muitos, já passei por umas saias justas e muitas pessoas ficaram de boca aberta com a forma como reagi em certas situações, e até começaram a dizer que eu estou muito americanizada( ou estou deixando de ser trouxa). Pois bem, vejam só:

Situação 1: Uma ex-colega de trabalho queridíssima do Brasil um dia entra no msn e diz que está com muitas saudades de mim e que pensa em ir me visitar. Lembrando que a casa não é só minha, mas do meu marido também, eu SEMPRE pergunto para ele se posso receber fulano ou siclano em casa (tirando família que são sempre bem-vindos, claro!) e ele olha na agenda pra ver se não estará fora da cidade, me pergunta sobre a pessoa e a relação que tenho com ela. A mesma coisa acontece do outro lado, ele sempre me pergunta se pode receber alguém em casa. Ele diz que por ele tudo bem, até esta amiga dizer que vai trazer a tira-colo o namorado mala dela. Veja bem, eu o conhecia muito bem. Ele era engenheiro na empresa onde trabalhava como estagiária e nem posso te contar quantas vezes o cara tentou me humilhar e fazer a minha vida difícil. Nunca me respeitou como profissional e como pessoa e agora... tcharam quer ser hóspede na minha casa? O que você faria?

Situação 2: Um casal de amigos durante a estadia deles aqui em casa  recusaram (educadamente) comer qualquer refeição conosco, afinal, eles não queriam nos dar trabalho nenhum. Saíam de casa 8 da manhã e só voltavam 10 da noite. Não fizemos nenhum passeio juntos, conversamos algumas horas antes de ir dormir e foram embora pra casa felizes cheio de sacolas, enquanto o meu marido ficou extremamente ofendido por eles terem ficado em nossa casa e não ter passado nenhum tempo consoco. Não aconteceu ainda, mas se eles se convidarem novamente pra ficar em casa a resposta será não. Nos sentimos usados, literalmente. E não quero que o meu marido fique chateado com uma situação destas novamente. E você o que faria nesta situação?

Situação 3: Amigo do meu marido que vem aqui em casa com certa frequência (2,3 vezes ao ano) e mora na Alemanha é muito, muito pão duro. Eu não me importo de cozinhar quando temos visita, afinal, se formos comer fora todos os dias, o nosso orçamento acaba furado e pra morarmos aqui, precisamos pagar contas né? Pois bem. Nas raras vezes que eu não estou com saco de cozinhar e vamos jantar fora, ele nunca oferece para pagar a conta. Gente, não quero que ele pague, acho justo cada um pagar a sua, mas sabe aquela coisa de pelo menos oferecer por educação? Não rola. E ele meio que fica na expectativa de chegar na nossa casa, abrir a geladeira e ter cerveja esperando por ele (nós não bebemos nada alcóolico em casa, mas compramos quando ele vem nos visitar). Não sei se é bom ou ruim, mas ele se sente tão a vontade em casa, que põe o pé no sofá, anda pela casa de pijama e reclama quando os ovos mexidos que eu faço passa sempre do ponto e ficam seco!

Situação 4: Aquele conhecido que nunca mais falou com você, acha o seu email e te manda um email dizendo que tá morrendo de saudades e que está planejando me visitar na época tal. E já diz no email que não vê a hora de conhecer a minha casa e passarmos tempos juntos, colocando as fofocas em dia. O que responder?!

Bom, depois de passar por todas estas situações eu aprendi a ser seletiva. De verdade. Amamos receber nossas famílias e amigos aqui em casa, mas também aprendemos a dizer não. Hotel é caro aqui na Califórnia e a gente infelizmente sabe que a vontade de algumas pessoas é ter acomodação gratuita, que inclua refeições e internet rápida e claro, um tour especializado dos locais, sem precisar pagar gasolina, pedágio e estacionamento. Hospitalidade tem limite e eu encontrei a minha. E aqui foram as respostas das situações acima:

Situação 1 - Resposta: Disse para a minha querida ex-colega de trabalho que ela era muito bem vinda na minha casa, mas que o namorado dela não era. Se ela quisesse, eu passava uma relação de hotéis próximos da minha casa onde ele poderia se hospedar. Ela achou que fui grossa e não tive consideração por ela, disse que ele mudou e blábláblá. Eles nunca vieram pra Califórnia, não que eu saiba, e engraçado... ela nunca mais mandou email pra mim...

Situação 2 - Resposta: Bom, não teve resposta. Depois do incidente  fiquei sem falar com eles um bom tempo e fiquei ainda mais chateada quando mandei 3 emails e eles não responderam. Engraçado que quando estavam planejando a viagem, me ligavam do Brasil 4, 5 vezes na semana. Acho que nem preciso dizer mais nada...

Situação 3 - Resposta: Ele ainda vem em casa, mas quando ele vem não compramos mais cerveja. SE ele quiser, pode ir até o mercado e comprar o que ele gosta. Uma vez ele disse que queria vir pra cá a trabalho, ou seja, a empresa estava pagando a viagem, mas ele queria hotel grátis pra ficar com o dinheiro das diárias. Dizemos que estávamos fora da cidade e ele ficou em um hotel. E fomos para outra cidade, 10 minutos da nossa casa :-). Acabamos encontrando com ele para jantar, mas cada um pagou a sua conta e o problema foi resolvido. Agora pra me agradar, ele sempre está trazendo chocolate :-).

Situação 4 - Resposta: Nem preciso dizer que esta foi  fácil. Mandei pro meu conhecido uma relação de albergues da juventude com precinhos de diárias bem camaradas em San Francisco. E falei pra ele quando viesse pra cidade, pra me avisar e nos encontrarmos por lá.

Assim como a casinha da minha mãe, a minha casa sempre estará de portas abertas para aqueles que amo, mas para os aproveitadores, eu fecho a porta na cara, sem dó! Que eu saiba em frente a minha casa tem apenas um número e não uma placa dizendo: Acomodação gratuita.

E por falar em hospedagem, nas próximas semanas ficarei ausente do blog por conta de viagens e estarei recebendo a minha melhor amiga aqui em casa, estou que não me aguento de felicidade!

Depois volto para contar as novidades deste mês de agosto que promete muito!


13 comments:

  1. Oi Paulistana,

    Pois eh, as pessoas falam disso, dos outros baixando nas nossas casas sem avisar la no Brasil... Mas eu me lembro tao claro (nao sei pq) de uma vez quando era crianca que estava andando pela rua com minha avo materna e passamos em frente a um predio onde sua amiga morava.

    Me lembro dela mencionando isso e que queria ir visita-la. Ai foi procurar um orelhao (que ficava quase em frente da casa da amiga) e me disse: "Eh sempre bom avisar a pessoa que voce esta indo visitar e nunca deve aparecer assim de surpresa, por educacao". E minha avo era brasileirissima.

    Eu nao me lembro da visita, sei que acabamos indo e sua amiga disse que nao tinha problema, mas lembro tao bem dela dizendo isso pra mim.

    E eu me sinto assim tb. Nao iria gostar nem um pouco de alguem baixando de surpresa na minha casa. Eu tenho uma schedule super cheia e sem combinar algo primeiro, iria mais atrapalhar a minha vida do que qualquer outra coisa.

    Situacao 1: Nao sei o que faria. Eu talvez falaria pra ela sobre como se sente (se ja nao sabe) e nao ia querer esse cara ficando na minha casa, por mais amiga que ela fosse minha. (Depois de ler sua resposta: Gostei de como agiu. Infelizmente ela nao soube respeitar sua opiniao e isso eh uma pena).

    Sua situacao 2 eh um pet peeve enorme meu... Os amigos do meu pai e madrasta sempre que vem aqui e ficam hospedados com eles, SEMPRE e TODO dia tem que ir shopping. E meu pai ainda fica de chauffeur (eh assim que se escreve isso?). Nao entendo essa obcessao com shopping. Quando eu viajo ou visito alguem, eu quero aproveitar o lugar e curtir a pessoa e nao ficar fazendo compras!!! Achei ridiculo e sem educacao sim, seu marido esta certo! Tomaram vantagem.

    Situacao 3: Na minha opiniao se for jantar fora, cada um paga o seu. Da proxima vez, quando todo mundo acabar de fazer seu pedido no restaurante, antes da garconete sair, ja fala: "We (voce e seu marido) will be on a separate bill". Se ele quer ser cara de pau, eu seria (e sou) o dobro.

    Situacao 4: Essa eh facil pra mim. Passa uma lista sugerindo lugares onde ele possa se hospedar e diz que adoraria mostrar sua casa e cidade pra ele around your own schedule. (Depois que li sua resposta: Hahahaha, escrevi isso antes de ler sua resposta. Pensamos igual).

    bjos

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  2. Nossa, que situação constrangedoras. Acho fundamental a gente aprender a ser anfitriã, mas também saber ser hóspede. Por exemplo, lendo o início da situação 2, pensei, "nossa, que casal educado, não quer dar trabalho." Mas ao chegar ao final da história, já estava pensando, "Mas que povo sem noção! Poxa, podiam ter convidado vcs para irem jantar fora com eles várias vezes" (ou até mesmo convidar para fazer um programa junto no fim de semana...)
    Apesar de ter crescido em casa festeira (minha mãe já ADORA uma festa temática ou um "dinner party"), nunca tivemos um ambiente para as pessoas se "aboletarem." Lá em casa meus pais adoram ter a casa cheia no fim de semana, mas durante semana, a rotina e a privacidade é mantida. Acho q por isso, tb sou assim. Podendo, eu evito ficar em casa de amigos/família quando viajo, e quando me hospedo na casa, faço questão de convidar os anfitriões para um jantar (eu pagando), ajudar na compra do supermercado, ou até mesmo convidar para um programa legal. E sempre levo presentinho para agradecer no final. Ah, e NUNCA fico por mais de 5-7 dias, pois por mais agradável que seja ter hóspede em casa, atrapalha demais a rotina do anfitrião.
    Pelo outro lado, também não curto muito ter gente hospedada na minha casa, o que é um problema com meu marido (que é de família nordestina, então já viu: abuletar é praticamente um meio de vida!) A regra aqui em casa é: só pode ficar na nossa casa, nossas mães e irmãos/irmãs, e nunca por mais do que 7 dias. Pode ser duro, mas se não, atrapalha MUITO o nosso dia-a-dia (pois trabalhamos em casa) e deixa de ser uma visita prazerosa. Assim, eliminamos aquele primo de 4o grau, que nunca manda noticia, e de repente, quer passar 1 mês aqui...
    Sei que isso pode parecer completamente antisocial, mas juro para você que adoro receber gente em casa. Dinner party e festinha temática é comigo mesmo! Puxei minha mãe nesse aspecto. Mas tem que ter hora para ir embora (não escrito no papel, que nem americano, mas gosto de saber que, no final da festa, a casinha é só minha e do meu marido, para curtir minha paz :)

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  3. Poxa, mas esse amigo que mora na Alemanha é um mala sem alça.Tem gente que é assim mesmo,quer saber se usa.É terrível esse sentimento de ser um meio para o fim.

    Eu acho que se a pessoa não está pagando nada, tem que pelo menos ajudar com alguma coisa: compre suas próprias groceries ou ajude nos afazeres de casa.Alguém pode dizer: Pôxa, mas vim de férias!

    Então vá para um hotel, ninguém tem obrigação de ser seu guia turístico, motorista particular, cozinheiro,faxineiro e camareiro não!

    Eu acho que é muita folga de uma pessoa quando eles abusam não só da bondade mas tb da amizade.A casa dos outros ainda precisa ser respeitada e estimada.

    Acho que vou comprar aquele quadro HOUSE RULES que eles vendem nessas lojas de artigos domésticos.

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  4. AMEIIIIII este post. Pois eh Eliana, eh bem assim mesmo. Gostei das solucoes para as situacoes. Olha, eu tb depois que mudei pra ca recebi emails de pessoas que ha anos nao falavam comigo no Brasil, mas foi soh mudar pra ca, e depois casar que muitos me "acharam" e quiseram colocar os papos em dia, e se convidaram pra vir me ver um dia... demais neh? Geralmente eu ignoro e nao respondo ou entao respondo com educacao mas o basico necessario sem mencionar nada sobre a pessoa querer vir pra ca. Eu tb adoro receber gente em casa, mas eu tenho limites tb. Nao eh soh quando a pessoa pode vir, mas tb se podemos receber, dependendo da epoca. Entao eu ja falo nao logo e explico, nessa epoca nao tem condicoes de recebermos. Eu tenho uma amiga que vivia se convidando pra ir na minha casa, e levar uma amiga (essa amiga dela eu conhecia mas nao tinha intimidade), vindas do outro lado dos EUA, eu nao me importaria de recebe-las mas se eu pudesse receber. Mas a epoca que ela sempre queria vir era feriados porque era quando ela tinha folga, mas eu nao podia porque trabalhava em feriados no restaurante. Mesmo assim ela dizia que nao tinha problema que alugava um carro com a amiga dela e iriam passear enquanto eu trabalhava. Mas aih tem graca? Eu quero poder curtir minha amiga tb, e nao apenas servir de hotel. E quando eu chegava do trabalho chegava morta sem saco pra nada, imagina pra ficar fazendo sala? Entao complica sabe. Expliquei varias vezes, e dizia que eu nao iria recebe-las se fosse numa epoca que eu nao pudesse. E pronto.
    Alem disso tem que levar em consideracao o marido tb quando recebemos visitas. Se ele estiver no pique pra receber otimo, mas se nao, eu nao vou trazer gente pra minha casa e deixa-lo sentindo desconfortavel. Eh ele quem trabalha o dia inteiro, chega em casa cansado, entao nao eh sempre que tem animo pra fazer sala e tal. Mas no geral tanto eu quanto ele gostamos de receber amigos. Agora que temos quarto de visitas com certeza faremos mais. Mas por enquanto nao temos nada, nenhum movel entao nao temos condicoes ainda. E vai explicar pros meus amigos que querem vir nos ver que a gente nao tem nada na casa e que enquanto a gente nao tiver com a casa mais ou menos ajeitada (digo com portas, e uma cama no quarto de visitas pelo menos) a gente nao pode receber ninguem. Parece ateh que estamos dando desculpa mas realmente nao tem como. Ao inves de ser algo gostoso acabara sendo um stress danado. Ninguem relaxa.

    Mas olha, eu sempre, desde que morava no Brasil ODIAVA quando as pessoas chegavam sem avisar na minha casa. Quando alguem tocava a campainha eu abria a porta soh um pouquinho pra perguntar o que queriam e dar a entender que nao tava com saco pra receber aquela hora, mas meu pai achava isso super rude e mandava eu abrir a porta toda, convidava a pessoa pra entrar, tomar um cafezinho.... e ainda quando a pessoa ia embora falava "ta cedo" ai eu queria bater com a cabeca na parede! Eu nunca gostei disso. Eu amo o jeito americano de ser nesse sentido, adoro minha bolha, adoro minha privacidade, eu e meu marido somos muito iguais nesse sentido. Mas claro, gostamos de socializar, ter gente em casa pra jantar e tal. Mas tudo de maneira moderada. Nada exagerado. haha

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  5. Eh cada uma neh???

    Como boa brasileira, fui criada bem parecida com voce. Tambem levei um choque nesta parte da cultura americana, mas acabei incorporando algumas coisas pra mim.

    Ainda nao passei por situacoes de hospedagem, e AMO receber, mas minha casa nao eh hotel, heheh.

    Ai que delicia, receber sua melhor amiga :D Estou feliz por voce, sei que voce ira aproveitar e MUITO!!!

    Beijos

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  6. A gente aprende um coisa durante a vida toda, chega do lado de cá nos sentimos reaprendendo né? OUUUUU no minimo nos adaptando e aceitando as diferencas, tb cresci numa casa cheia, mas hoje adoro o prazer d a minha companhia, e muita gente confesso me dar uma agonia no kengo rsrs embora eu ame está com o meus, pareco precisar de um tempo sozinha...
    Desejo bom tempo com vc e sua melhor amiga, e claro aguardamos as novidades. bjao

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  7. É tão interessante ver as diferenças das pessoas!! Na minha casa não aparecia ninguém sem ser convidado rsrs Meu pai sempre foi linha dura, então se tinhamos visita em casa era pq estava devidamente combinado. Meu pai sempre zelou mto pela privacidade, e apesar de termos muitas festas e amigos em casa, era tudo combinado com antecedência. Até para ligarem na minha casa, telefone só tocava depois das 22 qndo era emergência, do contrário, ngm podia ligar rsrs Acho que posso dizer que tenho sorte, ninguém nunca se oferceu para vir na minha casa, mas acho que é pq o povo sabe que sou chata para danar rsrsrs Recebemos amigos, e adoro qndo temos visitas, mas tbm acho que tudo tem um limite!! Achei todas as suas atitudes ótimas, e é uma pequena que vc tenha que agir desta forma pq o povo não tem semancol!!! Bjuss

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  8. Nossa!! Mas é cada um hein? Vc fez muito bem em todas as suas decisões, a casa é sua e vc tem todoo o direito de estar confortável com quem te visita. Tem gente que nao tem noçao mesmo!
    Beijo!

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  9. Oie!! Clicando por ai, cheguei aqui no seu blog :-). Situações como essa que vc relatou são bem complicadas mesmo. Acho que vc agiu super bem nas situações... 'e depois de um tempo a gente aprende a ser seletiva. Teve uma situação no Orkut em que eu ajudei uma pessoa que pedia dicas para visitar Zurique e tal... depois essa pessoa pediu o meu msn, eu a contra gosto passei, até porque nem fico tanto on line, mas enfim... até estava achando a pessoa legal, mas o meu alarme tocou quando ela começou a me oferecer coisas do Brasil...tipo "ah do que vc sente falta, eu levo pra você, pode pedir"...ai conversa vai, conversa vem, eu percebi pelas indiretas que ela queria que eu a hospedasse na minha casa!! Como assim, uma pessoa que eu nunca vi na vida??? É cada uma que aparece viu... eu fui clara e disse que meu apto na época era pequeno (o que era verdade) e que não podia hospedá-la, mas ela não desistiu e disse que ela e o marido não se incomodavam em dormir em qq canto... Também gosto de receber, mas pessoas que GOSTAM de mim de verdade e não por interesse. Quero voltar aqui mais vezes, mas não encontrei o botão de seguir... Abraços!!!

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  10. Verdade...verdade....verdadeira!!
    povo hospitaleiro como os brasileiros não tem!!

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  11. De facto, existem os chamados ditos amigos que só passamos a conhecer bem após alguns dias de coabitação. Recentemente tive a visita de uma amiga mais as duas filhas jovens mas maiores de idade, vindas de África. Por simpatia acabei por convidá-la a ficar em minha casa. Só digo que foi um autêntico pesadelo em que diariamente dava conta de estragos na casa por completo descuido inusitado. De tal forma que logo no terceiro dia tive uma conversa com elas. Em resposta em vez de melhorarem a sua atitude andavam de cara enfiada como se fossem as vítimas. Acabaram por andar a percorrer seis casas de amigos e em nenhuma ficavam muito tempo acredito pelo comportamento descuidado. O resultado desta visita foi eu ter de efectuar pinturas em duas paredes de 2 quartos, lavagem nas paredes da sala, uma cadeira partida, na cozinha tive de desmontar o exaustor e o fogão que pingavam gordura, para não falar da loiça partida e do frigorífico vazio pois toda a carne e peixe que eu tinha congelado foi consumido. Acrescento que o WC apresentava-se sempre mais sujo que um WC público e dava nojo utilizar. Pessoas assim sem o mínimo de respeito e consideração na utilização de casa alheia como apelidar? Sinceramente nunca mais convido ninguém. Recentemente fui contactada por um casal amigo que pretendiam visitar-me por uns dias e tive de arranjar uma desculpa esfarrapada para não os ter em minha casa pois têm duas filhas pequenas extremamente mimadas em que nem os próprios pais conseguem controlar. Estas más experiências acabam por tornar-nos duras no coração, porque sei que nem todos são assim. Beijinhos

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  12. Sou brasileira e vivo na europa com meu marido e filhos, criancas com 3 e 7 anos. Quando chegamos ficamos na casa da minha sogra até meu marido conseguir emprego. Isso demorou um ano. Porém ele foi trabalhar embarcado e só veio a casa 3 vezes durante este ano. Disse à minha sogra que queria alugar um apartamento, já que meu marido estava a trabalhar, pois não aguentava mais dividir um 2 quartos com ela, o marido e meus filhos. Nao aguentava mais viver acampada. Ela me ameacou, disse que nao me ajudaria com meus filhos (e Eu estava a estudar), O que ela queria é que Eu pagasse a casa (por isso queria que Eu ficasse LA) para ela TER casa na cidade e vir visitar os filhos. Meu marido tem 3 irmaos, casados, com filhos. Apesar de um deles morar no mesmo condomínio que eu, da filha ser colega de sala do meu mais velho e de eu 3 vezes por semana pegar a menina na escola, levar para minha casa, dar lanche e jantar, ninguém nunca nos procurou quando meu marido estava embarcado. Isso durou 1 ano e ninguém procurava saber se estávamos vivos sequer. Hoje em dia vivemos em outra cidade, um lugar maravilhoso para estar no verão e a família dele se convida para passar 1 semana lá em casa. Não se preocupam se me incomoda ou não. Não há afetividade entre mim e eles. Não há consideração. Se deixar nem ao mercado vão. Nem convidam meus filhos para fazerem um passeio com eles... O problema de tudo é que tenho que engolir calada e sorrir porque estou cansada de brigar com meu marido. Só queria que eles me respeitassem e se dirigissem a mim e não fizessem de conta que não existo.

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    1. Puxa Anônima, que situação difícil... sinto muito que tenha passado por isso. Converse com seu marido de como se sente e talvez ele possa ajudar cortando a folga da familia dele. Não os acuse, mas diga como se sente usada com a situação. Na pior das hipóteses, faça o mínimo apenas para manter a paz em casa. É difícil, mas as vezes é melhor do que brigar com quem a gente ama.

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