Esta foi a segunda vez que a minha mãe veio, mas na primeira vez fiz tudo exatamente igual (com a exceção de que eu mandei um telefone pré-pago baratinho via correio pra ela) e ela se sentiu segura para viajar.
As dicas que a minha mãe disse que ajudaram muito foram:
- Expliquei 200 milhões de vezes pra ela o que iria acontecer entre o momento de check-in no Brasil, até nos encontrarmos. Na verdade eu escrevi um papel como se fosse um manualzinho de instruções passo a passo o que iria acontecer, passando pela segurança, avião, passar pela imigração, pegar as malas, passar pela alfândega, despachar as malas novamente (ela iria fazer conexão). Entreguei o papel um mês antes da viagem e pedi para que ela lesse e ela foi tirando as dúvidas que tinha, e eu fui explicando melhor o que ia acontecer. Não elaborei muito com os procedimentos senão fica muito confuso (ela nunca tinha nem entrado em um avião).
- Criei um vocabulário do aeroporto com as palavras e expressões que ela iria precisar. Ela não fala inglês, mas das duas uma: ou ela apontaria a palavra pra alguém que a ajudaria ou ela ia lendo as palavras nas placas e ia se direcionando. Pra vocês terem uma idéia de como funcionou ela até hoje sabe que baggage claim é onde pega as malas e pra sair do aeroporto ela tinha que seguir aquela plaquinha. Ela não aprendeu inglês, mas ela conseguiu ler e navegar com tranquilidade. No caso dela, como é diabética, escrevi algumas frases importantes pra ela como pedir água para tomar remédio, perguntar se as coisas eram diet, etc.
- Peguei os formulários da alfândega na internet e preenchi um modelinho pra ela. Graças a Deus agora não precisa preencher o I-94, então uma coisa a menos pra se preocupar. Ela já tinha os dados então foi só copiar no verdadeiro o que já tinha escrito :-)
- A famosa cartinha para a imigração com os meus dados, o tempo de estadia dela grampeado com o itinerário e dizendo que ela não falava inglês. Na primeira vez que ela passou pela imigração o oficial falou em espanhol, na segunda ele chamou uma intérprete que trabalhava no aeroporto e conversou em português com ela.
- Peça assistência com a companhia aérea. Na primeira vez estava tão apavorada com a idéia da minha mãe se perder que liguei para a companhia explicando que ela não falava inglês e que iria precisar de assistencia. Tinha uma pessoa esperando ela com cadeira de rodas (expliquei pra ela que isto iria acontecer pra ela não se apavorar!) e ela só precisou sentar e ser levada para o portão de embarque. Na segunda vez ela até dispensou a cadeira, mas se a pessoas é idosa, tem algum problema de saúde é uma boa idéia, além do mais terá prioridade para embarcar e também terá alguém para auxiliar com malas.
- Lembre do peso das malas e diga para trazer apenas o essencial. Aqui pode-se comprar ou usar o shampoo, condicionador, creme da casa então falei pra ela não trazer estas coisas. A mala chegou vazia e como sempre, foi uma novela para fechá-la!
- Se a pessoa toma remédios diga para trazer a receita médica só por precaução. A minha mãe trouxe remédios para a estadia inteira dela, mas caso precisasse ou acontecesse algo, tínhamos as receitas dela aqui.
- Confie em Deus. É sério... eu morri de preocupação com a minha mãe, mas Deus é tão bom que sempre envia anjos para ajudar e foi o que aconteceu nas duas viagens dela. Sempre tem uma pessoa de bom coração que ajuda os inexperientes com viagem. :-)
A todos que irão receber estas queridas visitas, aproveitem muito! O tempo passa tão rápido, a minha mãe retornou ao Brasil no começo da semana e já estou morrendo de saudades :-).
E quem quiser os modelinhos da minha explicação e do vocabulário só pedir que envio por email, o meu endereço está no meu perfil :-)