Sorry Seems to Be the Hardest Word...

Nas últimas semanas tenho pensado muito em uma amiga com a qual não falo há alguns anos.
Nós éramos "melhores amigas" até 2014 quando nós duas passamos mais ou menos ao mesmo tempo por uma série de problemas.
Apesar de enfrentar os meus próprios demônios, tentei dar apoio e estar presente na vida dela o máximo que eu consegui, mas ela é do tipo que tinha que ficar na dela para processar as informações e acabou se afastando.
Além de não entender muito a sua recusa em ser ajudada ou manter contato, fiquei magoada porque estava precisando de apoio. Ela nunca tinha tempo/disposição/jeito para conversar por telefone/skype então o que nos restou foi comunicação por email que acabou em muito desentendimento.
Palavras são facilmente distorcidas neste tipo de comunicação porque processamos o que lemos não somente com a nossa inteligência, mas com o coração. Diria que principalmente com o coração no meu caso.
Hoje, anos mais tarde, consigo enxergar que tudo não passou de um enorme mal entendido. Que eu poderia ter usado palavras diferentes e sido mais compreensiva com ela. Mas quando estava no meio do furacão foi difícil enxergar o "lado dela" da história e fiquei sim magoada e com muita raiva.
E não me orgulho em dizer que praticamente mandei um email pra ela dizendo que não a considerava mais minha amiga. E a nossa comunicação foi esfriando mais e mais. Não havia felicitações de aniversário, Natal, Ano Novo. Até que um dia (numa atitude muito "madura" da minha parte) fiz uma limpeza nos meus contatos do celular e a deletei.
Pra ser sincera tinha esperança de que um dia ela iria por livre e espontânea vontade entrar em contato comigo novamente. Mandar uma mensagem, já que eu era a única que fazia comentários no status do WhatsApp dela. Mas isso não ocorreu. Ela nunca mais me procurou e eu não tenho mais o telefone dela.
Como não tenho redes sociais, resolvi usar o bom e velho email para contacta-la, porém acho que sou a única criatura no planeta terra que ainda acha que pessoas utilizam email para comunicar-se fora do ambiente profissional. Passaram-se semanas e nada de resposta, o que é uma pena.
Sei que pessoas passam pela nossa vida, mas realmente gostaria que ela tivesse permanecido. Sinto saudades dela.

Sorry Seems to Be the Hardest Word - Elton John
What have I got to do to make you love me
What have I got to do to make you care
What do I do when lightning strikes me
And I wake to find that you're not there?
What have I got to do to make you want me
What have I got to do to be heard
What do I say when it's all over?
And sorry seems to be the hardest word
It's sad, so sad (so sad)
It's a sad, sad situation
And it's getting more and more absurd
It's sad, so sad (so sad)
Why can't we talk it over?
Oh it seems to me
That sorry seems to be the hardest word
It's sad, so sad (so sad)
It's a sad, sad situation
And it's getting more and more absurd
It's sad, so sad (so sad)
Why can't we talk it over?
Oh it seems to me
That sorry seems to be the hardest word

Fevereiro

Fevereiro foi um mês curto porém intenso!
Por várias vezes sentei em frente ao computador para escrever e embora quisesse muito colocar para foras as idéias, observações, memórias de momentos importantes, as palavras me falharam e tudo acabou ficou guardando dentro de mim.
Talvez o maior acontecimento deste mês tenha sido a viagem para NYC no começo do mês. A minha sogra completou 70 anos e ela acabou decidindo que queria passar um final de semana prolongado na cidade, assim teria a oportunidade de estar com a família reunida. Eles voaram direto da Escócia e nós saímos de San Francisco 6 horas da manhã na sexta-feira e voltamos para casa na terça-feira pela manhã, fugindo da nevasca que assolou New Jersey e New York State. 
A viagem foi boa, é sempre muito bom colocar meus pés em NYC. São tantas lembranças que tenho daquela cidade, bateu saudades enormes de tantas pessoas que encontrei no meu caminho na época que morava pelas bandas de lá. Ainda acho estranho que eu me viro melhor caminhando e pegando metrô em NYC do que em São Paulo. 
Desta vez foi uma viagem diferente porque estávamos como "babysitter" dos meus sogros, já que a minha cunhada tinha o roteiro de viagem dela e queria mostrar a cidade e aproveitar com os filhos e não tinha a menor condição de arrastar os pais juntos. Foi bom porque passamos algum tempo com eles, geralmente durante a noite, mas  na minha singela opinião fazer viagem para reunir a família e cada um ir para um canto durante a viagem não faz o menor sentido, mas o importante é que todos ficaram contente e não houve briga. 
Eu e o meu marido já tínhamos uma idéia de que isto iria acontecer então nos preparamos e fizemos um roteiro que seria bom para os meus sogros e que não exigisse tanto fisicamente deles. Mas estar em NYC e não caminhar/ pegar metrô é praticamente impossível! Fico sempre preocupada com eles, principalmente no metrô porque os nova-iorquinos passam por cima de você num piscar de olhos se você estiver no meio do caminho deles e meus sogros caminham sem a menor preocupação no mundo ou prestando atenção ao redor deles. Apesar do meu stress, deu tudo certo e sobrevivemos à NYC.
Pra mim esta viagem teve um outro motivo muito especial, pois enquanto estava por lá marcou o aniversário de 12 anos que cheguei aqui nos EUA. Na data exata que marcou o dia da minha chegada ao país nós pegamos a balsa para ir até Staten Island só para passar pela Estátua da Liberdade e confesso que fiquei emocionada. Quem diria que 12 anos depois do nosso primeiro encontro eu retornaria a vê-la não como imigrante, mas como cidadã deste país. Queria muito visitar o museu do imigrante durante esta viagem mas não deu tempo. Fica para uma próxima vez.
Foi bom também passar um tempo com os meus sobrinhos que agora estão com 13 e 11 anos. Gente, como eu me sinto velha e xarope ao lado deles. Tenho uma amiga que diz que este é o trabalho dos sobrinhos: nos colocar no devido lugar e nos mostrar que já não somos tão jovens como imaginamos. Engraçado as conversas que a gente tem e eu tentei saber um pouco deles, do que gostam e fugir daquelas perguntas de sempre sobre a escola e o que você quer ser quando crescer porque não importa a sua idade, estas perguntas são muito chatas de responder.
Foi durante esta viagem que também tive a oportunidade de conhecer pessoalmente a Monique e foi ótimo bater um papo pessoalmente - e sair no frio de loja em loja atrás de luvas touch. Pena que o encontro foi corrido mas foi muito bom poder dar risada e reclamar da vida juntas. Espero que seja o primeiro de muitos e que tenha a oportunidade de encontrar outras pessoas queridas com quem só tenho contato online.
Depois deste encontro com a Monique e com a família do meu marido me bateu uma saudade muito grande da minha família e dos meus amigos. Queria deixar um pouco a visita para o Brasil para depois mas não deu, sinto que preciso recarregar as energias e estou planejando viagem pra São Paulo em abril. Como sempre vai ser corrido, mas acho que valerá a pena.