Fevereiro

Fevereiro foi um mês curto porém intenso!
Por várias vezes sentei em frente ao computador para escrever e embora quisesse muito colocar para foras as idéias, observações, memórias de momentos importantes, as palavras me falharam e tudo acabou ficou guardando dentro de mim.
Talvez o maior acontecimento deste mês tenha sido a viagem para NYC no começo do mês. A minha sogra completou 70 anos e ela acabou decidindo que queria passar um final de semana prolongado na cidade, assim teria a oportunidade de estar com a família reunida. Eles voaram direto da Escócia e nós saímos de San Francisco 6 horas da manhã na sexta-feira e voltamos para casa na terça-feira pela manhã, fugindo da nevasca que assolou New Jersey e New York State. 
A viagem foi boa, é sempre muito bom colocar meus pés em NYC. São tantas lembranças que tenho daquela cidade, bateu saudades enormes de tantas pessoas que encontrei no meu caminho na época que morava pelas bandas de lá. Ainda acho estranho que eu me viro melhor caminhando e pegando metrô em NYC do que em São Paulo. 
Desta vez foi uma viagem diferente porque estávamos como "babysitter" dos meus sogros, já que a minha cunhada tinha o roteiro de viagem dela e queria mostrar a cidade e aproveitar com os filhos e não tinha a menor condição de arrastar os pais juntos. Foi bom porque passamos algum tempo com eles, geralmente durante a noite, mas  na minha singela opinião fazer viagem para reunir a família e cada um ir para um canto durante a viagem não faz o menor sentido, mas o importante é que todos ficaram contente e não houve briga. 
Eu e o meu marido já tínhamos uma idéia de que isto iria acontecer então nos preparamos e fizemos um roteiro que seria bom para os meus sogros e que não exigisse tanto fisicamente deles. Mas estar em NYC e não caminhar/ pegar metrô é praticamente impossível! Fico sempre preocupada com eles, principalmente no metrô porque os nova-iorquinos passam por cima de você num piscar de olhos se você estiver no meio do caminho deles e meus sogros caminham sem a menor preocupação no mundo ou prestando atenção ao redor deles. Apesar do meu stress, deu tudo certo e sobrevivemos à NYC.
Pra mim esta viagem teve um outro motivo muito especial, pois enquanto estava por lá marcou o aniversário de 12 anos que cheguei aqui nos EUA. Na data exata que marcou o dia da minha chegada ao país nós pegamos a balsa para ir até Staten Island só para passar pela Estátua da Liberdade e confesso que fiquei emocionada. Quem diria que 12 anos depois do nosso primeiro encontro eu retornaria a vê-la não como imigrante, mas como cidadã deste país. Queria muito visitar o museu do imigrante durante esta viagem mas não deu tempo. Fica para uma próxima vez.
Foi bom também passar um tempo com os meus sobrinhos que agora estão com 13 e 11 anos. Gente, como eu me sinto velha e xarope ao lado deles. Tenho uma amiga que diz que este é o trabalho dos sobrinhos: nos colocar no devido lugar e nos mostrar que já não somos tão jovens como imaginamos. Engraçado as conversas que a gente tem e eu tentei saber um pouco deles, do que gostam e fugir daquelas perguntas de sempre sobre a escola e o que você quer ser quando crescer porque não importa a sua idade, estas perguntas são muito chatas de responder.
Foi durante esta viagem que também tive a oportunidade de conhecer pessoalmente a Monique e foi ótimo bater um papo pessoalmente - e sair no frio de loja em loja atrás de luvas touch. Pena que o encontro foi corrido mas foi muito bom poder dar risada e reclamar da vida juntas. Espero que seja o primeiro de muitos e que tenha a oportunidade de encontrar outras pessoas queridas com quem só tenho contato online.
Depois deste encontro com a Monique e com a família do meu marido me bateu uma saudade muito grande da minha família e dos meus amigos. Queria deixar um pouco a visita para o Brasil para depois mas não deu, sinto que preciso recarregar as energias e estou planejando viagem pra São Paulo em abril. Como sempre vai ser corrido, mas acho que valerá a pena. 

2 comments:

  1. Menina até hoje não entendo essa "desbundagem" do povo gringo. Vamos nos encontrar mas cada um no seu quadrado, porém a vantagem vem DE REALMENTE NÃO TER BRIGA !!!! E fica entendido e respeitado o que cada um quer fazer. As pessoas não são "obrigadas" a fazerem passeios e atividades com as quais não se identificam( a coisa boa).

    Parece que NYC rendeu muita coisa boa e com ela a desvirtualização de uma amizade. Conheci uma brasileira que agora mora em Jacksonville e ela é membra da mesma igreja que eu. É bom ter alguém com quem falar português porque se não a língua fica coçando rsrsrsrs!!!!

    beijos!


    www.vivendolaforanoseua.blogspot.com

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    1. Realmente é muito bom conhecer "ao vivo" pessoas com quem compartilhamos tantas conversas virtuais! Espero que você encontre nesta brasileira uma nova amizade! Tem coisas que só a nossa lingua pode dizer/expressar.

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