I've been wondering if after all these years you would like to meet...
Uns dias estava conversando com uma amiga que conheci através do blog no ano 2000 e bolinhas e lembrei que ainda estava com o blog ativo e me deu uma vontade de escrever novamente.
Sei que as minha palavras serão jogadas aos ventos da internet, mas é melhor do que ficar com um monte de coisa entalada na garganta...
Eu to ok. Processar a morte dos meus pais foi a coisa mais difícil que já fiz e estou fazendo. As pessoas dizem que com o passar do tempo as coisas melhoram e acho que a única coisa que melhora mesmo é que você não passa cada milissegundo da sua vida relembrando o que aconteceu e com uma dor no coração tão grande que é até mesmo difícil de respirar.
Ninguém te conta que depois de perder os seus pais você começa a perder tantas outras coisas, até mesmo a noção da sua identidade e o seu lugar no mundo. Por mais que as pessoas ao meu redor gostem de mim e meu marido me ame, nunca mais ninguém vai me amar como eles me amaram. E já não existe a possibilidade de consertar fraturas e curar feridas de relacionamentos também. É um dia de cada vez.
Mas apesar da dor, a vida continua e é preciso reaprender a viver neste mundo maluco do ano 2025.
E bota maluco nisso.
Este mês completou 18 anos desde a primeira vez que coloquei meus pés em solo americano. DEZOITO ANOS. Às vezes olho para aquela jovem que chegou aqui com 200 dólares no bolso, duas malas e muito sonho e a invejo tanto! A vida tomou rumos que aquela pessoa jamais imaginou! Espero que se ela pudesse olhar a vida dela aqui 18 anos depois, ela sinta orgulho das decisões e dos caminhos que tomamos. A gente fez o melhor que soubemos e pudemos.
Tanta coisa pra escrever, mas no momento acho que esse post de retorno é o suficiente. To viva, to bem (na medida do possível) e volto assim que puder.
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