Desculpem-me as pessoas que odeiam inglês, não entendo vocês.
Sei que é difícil aprender um idioma estrangeiro quando se é adulto, que fomos traumatizados com as massacrantes e tediosas aulas de inglês durante o primário/colegial (ok, ensino fundamental e médio para as novas gerações), que a pronúncia é muitas vezes complicada mas sempre digo para as pessoas que conheço que se você conseguiu aprender português, você consegue aprender inglês.
Desde que me entendo por gente tive o desejo de poder aprender uma língua em que me fosse útil para me levar para qualquer lugar do mundo. Na minha cabeça de criança, todo mundo "lá fora" falava inglês, então se quisesse ser exploradora do mundo teria que aprender este idioma.
Sempre que podia ouvia as traduções daquelas músicas românticas/meladas no rádio. Tentava traduzir pequenas palavras, mesmo quando não conseguia pronunciar, memorizava o significado e a grafia das mesmas, o que me ajudou muito no futuro.
Lembro de ficar extremamente animada quando fui para a quinta série e teria as minhas primeiras aulas de inglês! Mal sabia que durante os próximos 7 anos da minha vida (os 4 últimos do primário e os 3 do colegial) os mais diversos professores iriam tentar matar o meu amor por aquela língua. Todos tentaram enfiar guela abaixo o tal do verbo to be em suas mais diferentes formas, e nenhum deles ensinaram a pronúncia correta das palavras. O máximo de conversação seria os cumprimentos e perguntas básicas sobre família, cores e comida que iriam ser cobrados numa prova oral.
Não me surpreende que haja tanta resistência com o coitado do inglês depois destes anos todos de tortura e repetição.
Porém, estava determinada a aprender e a oportunidade de receber um bom desconto numa escola da Wizard perto de casa foi o que precisava para juntar os trocos que ganhava como estagiária e começar o curso "de verdade" de inglês.
Não posso discutir métodos de ensino de outras escolas, pois só estudei na Wizard, mas o método deles funcionou pra mim. (e não estou recebendo pra fazer propaganda!). Desde o primeiro dia de aula aprendemos palavras de vocabulário, treinamos pronúncia, formulamos pequenas frases, respondíamos perguntas em inglês, traduzíamos frases, escrevíamos pequenas frases e escutávamos um CD para treinar os ouvidos. Como boa brasileira tinha dificuldade terrível para falar o famoso TH, e olha, eu chorei de alegria quando consegui pronunciar corretamente a palavra Thank you. (teacher Carla, nunca vou te esquecer!). Foi um orgulho e um impulso tremendo para continuar.
Estudei durante 5 anos na mesma escola e lá tive professores excelentes e professores ruins também, que só estavam ali para receber salário e estavam pouco se importando com o aprendizado. E durante aqueles anos de curso de inglês, percebi que o que importa mesmo é o desejo que você tem de aprender, os motivos que te levam a fazer alguma coisa, pois não era fácil ir para a escola depois de um dia cansativo no trabalho. Muito menos "perder" o sábado quando tinha que ir para a aula 2 horas da tarde nos últimos anos que estive por lá.
Foi difícil, mas valeu a pena e o inglês abriu portas pra mim no Brasil mesmo. Graças à ele, consegui um estágio muito bom em uma multinacional no departamento de TI e era eu, mesmo com o meu inglês mais ou menos quem ia ajudar diretores e presidentes da empresa que eram estrangeiros quando visitava o nosso site. Tenho certeza de que naquela época cometia erros horríveis de pronúncia e gramática, mas o importante era que a gente se entendia. Não precisei sair do Brasil para aprender inglês. A ortografia e gramática que aprendi naqueles anos de Wizard foram suficientes para escrever muito bem durante os meus estudos numa faculdade americana. E modéstia a parte, os professores ficavam admirados quando falava que o inglês era a minha segunda língua porque segundo eles, a qualidade das minhas redações eram superiores ao dos meus colegas americanos. Sem sombra de dúvida morar num lugar onde o idioma é falado ajudou muito na evolução da pronúncia e assimilação do mesmo e sempre dou o maior apoio para quem tiver a oportunidade de mesmo que por algumas semanas estudar fora do país. Viver a língua é sempre a melhor maneira de aprender.
Hoje em dia há tantos recursos ótimos e gratuitos na internet, apps para se aprender um idioma que realmente só não o faz quem não quiser ou não tem força de vontade. Queria que existisse algo que colocasse uma nova língua no nosso cérebro com apenas uma noite de sono, mas enquanto isto não é possível, o velho esforço, dedicação e prática serão essenciais. Mesmo morando nos EUA há mais de 8 anos e me sentindo muito confortável para usar o inglês em qualquer circunstância e com qualquer pessoa, continuo aprendendo coisas novas todos os dias.
Por isto, não desista e não fique postergando o aprendizado! Citei
neste post as coisas boas que tive na vida porque sabia falar inglês, e os benefícios só aumentam a cada dia!
Dê uma chance para o inglês, tenho certeza de que você não vai se arrepender!